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Inspetores de armas químicas pedem cessar-fogo na Síria

Chefe da organização responsável por destruir arsenal do regime diz que trégua é necessária para poder cumprir prazo da operação

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

A Opaq (Organização para a Proibição de Armas Químicas) pediu ontem um cessar-fogo na Síria durante o desarmamento do arsenal de Bashar al-Assad.

A trégua temporária é necessária, afirmou o diretor da Opaq, Ahmet Uzumcu, para garantir que os inspetores possam destruir as armas químicas até meados do ano que vem --conforme prazo acertado em acordo entre os EUA e a Rússia, aliada de Assad, após o ataque químico de 21 de agosto, quando mais de 1.400 pessoas morreram nos arredores de Damasco.

Segundo Uzumcu, trata-se de uma meta "extremamente apertada". O equipamento usado na produção dessas armas deve ser inutilizado até o prazo de 1º de novembro deste ano.

Os EUA, que culpam o regime pelo ataque, ameaçaram uma intervenção militar. A Rússia acusa os rebeldes.

A insurgência foi iniciada na Síria em março de 2011 e já deixou mais de 100 mil mortos, segundo as estimativas das Nações Unidas.

"Muito depende da situação no local, e é por isso que nós pedimos que todas as partes na Síria cooperem", afirmou Uzumcu. "A eliminação [do arsenal químico sírio] é do interesse de todos."

VOLÁTIL

Inspetores da Opaq visitaram localizações ligadas ao programa químico sírio. No total, são 20 visitas programadas para ocorrer nas próximas semanas.

A tarefa de especialistas, no entanto, já teve de ser interrompida diante de disparos. A segurança na Síria, conforme o regime enfrenta a oposição, permanece volátil. Há embates mesmo entre as forças rebeldes, uma vez que militantes islâmicos se opõem aos grupos seculares.

Ativistas afirmam que tomaram um posto de controle na fronteira com a Jordânia. Houve combate em Aleppo, ao norte, com dez mortos.

Em Israel, dois soldados foram feridos por disparos feitos a partir da Síria, segundo o Exército israelense.

De acordo com as estimativas das Nações Unidas, até o fim de 2014 mais de oito milhões de sírios terão sido deslocados de suas casas devido ao conflito.


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