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Após morte de policiais, Irã enforca 16 rebeldes
Ação foi 'represália' a um ataque na fronteira
Autoridades iranianas enforcaram ontem 16 supostos rebeldes em represália pela morte de pelo menos 14 policiais em um enfrentamento na fronteira do país com o Paquistão.
"Já tínhamos advertido os rebeldes e grupos inimigos do regime que, se fizessem qualquer coisa que prejudicasse o povo inocente ou os agentes de segurança, atuaríamos da mesma maneira", disse o procurador-geral da cidade de Sahedan Mohamad Marzie à agência de notícias iraniana Isna.
Ainda não está clara a ligação entre os responsáveis pelo ataque na fronteira e os enforcamentos, mas uma reportagem sugere que os supostos rebeldes já haviam sido condenados e as execuções foram adiantadas por causa da emboscada.
Relatos de que um grupo rebelde chamado Jeish Al-Adl havia reivindicado a autoria do ataque não foram confirmados pelas autoridades.
Além de rebeldes sunitas, na província de Sistão-Baluchistão também atuam grupos que se dedicam ao tráfico de armas e drogas, procedentes do Afeganistão, primeiro país produtor de opiáceos do mundo.
Estima-se que mais de 4.000 policiais e soldados tenham sido mortos nos últimos 30 anos, nesses combates com traficantes.