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Pressionada, Casa Branca admite que haja restrições à espionagem
Porta-voz de Obama voltou a prometer que procedimento da NSA serão revistos até o fim do ano
Diretor de agência e integrantes de órgãos de inteligência vão hoje ao Congresso participar de audiência
Em resposta às críticas de aliados europeus, como a França e a Alemanha, irritados com as revelações de espionagem, a Casa Branca disse ontem que pode aplicar restrições adicionais às agências de inteligência americanas e que uma revisão de procedimentos será concluída até o fim do ano.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, repetiu argumento empregado pelo presidente Barack Obama em seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, em setembro, sobre a necessidade de "equilíbrio" entre privacidade e ações de inteligência para garantir a segurança dos países.
"Reconhecemos que é preciso ter restrições adicionais sobre como podemos coletar e usar a inteligência", disse Carney, acrescentando que Obama tem "plena confiança" no diretor da NSA, o general Keith Alexander, e nos funcionários da agência.
O porta-voz da Casa Branca negou que a decisão de Alexander de se aposentar no começo do ano que vem esteja ligada aos escândalos.
O diretor da NSA e outros nomes da cúpula de inteligência são esperados hoje em audiência na Câmara de Representantes (deputados).
"Esse é um problema enorme", disse, em nota, a senadora democrata Dianne Feinstein, da Comissão de Inteligência do Senado. Feinstein se referia ao suposto monitoramento dos telefonemas da chanceler alemã, Angela Merkel, e disse acreditar que Obama não sabia dele.