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Agência americana teve acesso a Yahoo! e Google, diz jornal

Reportagem do "Washington Post", baseada em papéis vazados por Snowden, revela ferramenta de infiltração

Registro de mensagens e conteúdo delas foram captados pelo mundo e nos EUA; Casa Branca não faz comentários

JOANA CUNHA DE NOVA YORK

A NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) se infiltrou nos principais canais de comunicação dos centros de dados do Yahoo! e do Google pelo mundo, segundo mais uma da série de denúncias baseadas em documentos secretos revelados pelo ex-técnico da agência Edward Snowden.

Segundo o "Washington Post", que publicou ontem o vazamento e afirmou que a informação foi confirmada por altos funcionários públicos, a atividade deu à agência acesso a centenas de milhões de contas de usuários, muitos deles americanos.

O diretório da NSA enviou milhões de registros das redes internas do Yahoo! e do Google diariamente para o sistema de armazenagem de dados na sede da agência em Fort Meade, conforme um registro secreto com data de 9 de janeiro deste ano.

Nos 30 dias anteriores, foram coletados e processados mais de 181 milhões de novos registros --desde "metadados", que podem indicar quando e quem recebeu ou enviou e-mails, até conteúdos de texto, áudio e vídeo, segundo o jornal.

A ferramenta para a exploração dos dados, chamada de Muscular, seria operada em parceira com a agência de espionagem britânica GCHQ.

A recente sequência de denúncias já havia revelado a colaboração entre a inteligência britânica e a NSA. No início da semana, o primeiro ministro britânico, David Cameron, ameaçou agir para impedir que a imprensa publique "vazamentos prejudiciais".

O tipo de infiltração trazida agora a público surpreende, ainda segundo o "Washington Post", porque a NSA já tem acesso autorizado legalmente a contas de Yahoo!, Google e outras companhias por meio de um outro programa já divulgado, o Prism.

COMITIVA ALEMÃ

A Casa Branca e a inteligência não confirmam nem explicam por qual motivo teriam usado a ferramenta. As empresas expressaram preocupação e desagrado.

O vazamento de ontem adiciona combustível à crise do governo Barack Obama em torno das atividades da inteligência americana, que desde a última semana foi acusada de ter monitorado ao menos 35 líderes mundiais.

A chanceler alemã, Angela Merkel, citada como um dos alvos das escutas telefônicas, enviou ontem a Washington uma delegação formada pelos mais altos cargos do serviço secreto e da diplomacia do país para tratar do assunto e obter do governo americano o compromisso de cessar a espionagem.


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