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Afeganistão anuncia acordo com os EUA sobre tropas

Casa Branca não confirma, porém, que tenha havido consenso para manutenção de militares no país asiático

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

Os Estados Unidos e o Afeganistão teriam derrubado os últimos obstáculos para um acordo de segurança que permitirá a permanência de tropas americanas no país asiático depois da retirada militar internacional prevista para o final de 2014, segundo porta-voz do presidente afegão, Hamid Karzai.

Os EUA não confirmaram a informação, no entanto.

O governo afegão afirma que, pelo acordo, tropas americanas só poderão invadir residências afegãs em "circunstâncias excepcionais", e os militares americanos terão imunidade à lei afegã.

O porta-voz de Karzai, Aimal Faizi, disse que o presidente dos EUA, Barack Obama, fará um pedido de desculpas por escrito ao povo afegão por erros cometidos nos últimos 12 anos de guerra.

Ontem à noite, porém, a ex-embaixadora americana na ONU e atual assessora de Segurança Nacional de Obama, Susan Rice, declarou que o país não pediria desculpas.

"Não estamos trabalhando em nenhuma carta desse tipo", disse Rice em entrevista à rede americana CNN.

O governo americano também espera a aprovação dos termos do pacto pela chamada Loya Jirga, ou grande assembleia, que reúne cerca de 2.500 líderes tribais do Afeganistão. Karzai já disse que só pode referendar o acordo se ele for aprovado pela assembleia, que se reúne amanhã na capital do país, Cabul.

Em nome do treinamento das tropas afegãs e de prosseguir a guerra contra a rede terrorista Al Qaeda, os EUA estão dispostos a manter um efetivo estimado entre 7.000 e 15 mil homens no país, a partir de janeiro de 2015. Atualmente, são 60 mil soldados, número que cairá até fevereiro para 30 mil.

No primeiro rascunho do acordo, de julho, as tropas americanas teriam direito a carregar armas, usar uniforme e manter veículos e aviões no país. Nesse documento, as tropas americanas ficariam no país até 2024. O cancelamento poderia ser feito com dois anos de antecedência.

Segundo a rede NBC, o tratado a ser acordado entre os dois países não prevê a instalação permanente de bases militares americanas no país.

O Exército americano teria acesso a instalações militares, algumas de uso exclusivo das tropas americanas.

Hoje se estima que a guerra no Afeganistão, já a mais longa dos EUA no exterior, custe US$ 8 bilhões por mês ao país --mais de US$ 1 trilhão desde 2001, o equivalente a dois PIBs da Argentina.

Segundo pesquisa de julho do "Washington Post" e da rede ABC, 67% dos americanos acham que "não valia a pena lutar" no Afeganistão.


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