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EUA e Afeganistão fecham acordo para tropas após 2014

Líderes tribais analisam texto hoje; rascunho divulgado ontem prevê imunidade a soldados americanos no país

Documento permite que militares dos EUA entrem em casas de civis durante operações de contraterrorismo

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os EUA e o Afeganistão chegaram a um acordo sobre o conteúdo final do texto que definirá a presença das tropas americanas no país após o fim da missão da Otan (aliança militar ocidental), no próximo ano. O teor, porém, não foi divulgado.

Segundo o secretário de Estado americano, John Kerry, os termos do acordo, determinados após meses de tensas negociações, serão apresentado hoje, em Cabul, a cerca de 3.000 líderes tribais que fazem parte da Loya Jirga --ou grande assembleia.

Ele disse apenas que o escopo dos EUA no país após 2014 será "limitado": "Não há papel de combate para as forças americanas".

Kerry ressaltou que não foi discutido um pedido de desculpas por parte dos EUA pelos "erros" cometidos durante os 12 anos de guerra, ao contrário do que dissera um porta-voz afegão.

RASCUNHO

Na noite de ontem, o Ministério de Relações Exteriores do Afeganistão divulgou, em seu site, um rascunho de 24 páginas do acordo.

O texto diz que militares americanos poderão realizar operações de contraterrorismo em conjunto com soldados afegãos e, nessas ocasiões, entrar em casas de civis. No entanto, tropas dos EUA ficam proibidas de atirar contra afegãos ou fazer incursões em residências sob o argumento de proteger instalações militares usadas pelas forças americanas.

Segundo um funcionário do governo americano, havia no documento uma frase sobre o direito de militares dos EUA de entrar em casas afegãs em "circunstâncias extraordinárias" caso a vida de um americano esteja em risco, mas esse trecho não aparece na versão divulgada pela chancelaria afegã.

No acordo preliminar, como era esperado, está prevista imunidade às tropas e funcionários do Pentágono em território afegão. Essa foi uma condição imposta por Washington nas negociações.

O texto não aborda a questão do uso de drones (aviões não tripulados) americanos, mas determina que qualquer aeronave dos EUA deve ser usada após notificação prévia às autoridades afegãs.

Se aprovado pela Loya Jirga, o acordo segue para o Parlamento afegão.

Do lado americano, a aprovação só precisa vir da Casa Branca, mas o presidente Barack Obama também pode rejeitar mudanças feitas pelo Afeganistão.

Se isso ocorrer, os EUA podem optar por retirar todas as suas tropas do país.

O texto diz que o acordo valeria a partir de 1º de janeiro de 2015 e vale até pelo menos 2024, a menos que uma das partes peça uma revisão.

Os EUA não divulgaram ainda quantos militares pretendem deixar no Afeganistão depois de 2014, mas especula-se que não sejam mais de 8.000.


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