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Em protesto, ministérios são invadidos na Tailândia
Manifestantes pedem renúncia de premiê
Milhares de manifestantes invadiram ontem os ministérios das Finanças e das Relações Exteriores em Bancoc e pediram a renúncia da primeira-ministra tailandesa, Yingluck Shinawatra.
Há um mês, apoiadores do Partido Democrático, principal força da oposição, e do ex-vice-premiê Suthep Thaugsuban protestam contra um projeto de lei de anistia, apoiado pelo governo, que permitiria a volta do ex-premiê e irmão da atual primeira-ministra, Thaksin Shinawatra, ao país, sem que ele cumpra a pena de prisão pela qual foi condenado em 2008 por corrupção. O Senado é contra a medida.
Em resposta às ocupações, Yingluck acionou uma lei de segurança especial em Bancoc e em três províncias. A norma permite a suspensão de direitos e liberdades civis previstos na Constituição.
Aos gritos de "Fora Thaksin, o Exército está conosco", alguns manifestantes pediram a intervenção militar. O país já passou por 18 golpes de Estado desde o estabelecimento da monarquia constitucional em 1932. Um deles, em 2006, derrubou Thaksin.
A última grande crise política no país ocorreu em 2010, quando cem mil partidários de Thaksin ocuparam o centro de Bancoc durante dois meses para exigir a saída do governo da época, dirigido pelo chefe do Partido Democrático, Abhisit Vejjajiva.
A mobilização foi contida com uma intervenção do Exército que deixou 90 mortos e 1.900 feridos.