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Manifestantes afirmam haver agentes infiltrados

MARÍLIA MIRAGAIA DE SÃO PAULO

Sob o slogan "Keep calm and love Ukraine" ("fique tranquilo e ame a Ucrânia"), a bacharel em línguas Maryna Gogulia, 27, decidiu unir-se àqueles que protestam na capital de seu país, Kiev.

Nas duas últimas semanas, Maryna não apenas foi às ruas, como também tornou-se voluntária da causa. Ajuda a recrutar participantes para as passeatas e a obter suprimentos para quem está acampado na praça da Independência, central das manifestações.

"Nós protestamos contra a Rússia e a repressão policial. Queremos a integração com a Europa e o impeachment do presidente [Viktor] Yanukovich", disse ela, por telefone, à Folha.

Há quase duas semanas, Yanukovich desistiu de assinar um tratado de associação com a União Europeia, sob pressão russa. Desde então, centenas de milhares de ucranianos se reúnem em manifestações a favor da convenção.

VIOLÊNCIA

Durante o final de semana, o programador e engenheiro eletrônico Vladimir Gavrilov, 27, evitou a região central de Kiev, palco das manifestações, por causa dos confrontos entre manifestantes e a polícia.

Ontem, Gavrilov afirma ter ouvido três fortes explosões que a TV local relaciona ao destacamento especial da polícia Berkut, acusado de confrontar manifestantes com violência.

"Ocupamos a praça [da Independência] por dias, enquanto chovia e nevava. Mas estamos fazemos isso de maneira pacífica", afirma Maryna.

Segundo ela, manifestantes acusam o governo --e até as forças russas-- de manterem agentes infiltrados nos protestos, que seriam os responsáveis por episódios de violência.

"Vi pessoas fugirem para se abrigar dentro de igrejas", diz. "Não queremos um presidente que bate em seus cidadãos, queremos democracia. E não seremos independentes enquanto estivermos próximos da Rússia", completa.


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