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Corpo de Mandela será enterrado no dia 15

Despedida do líder antiapartheid, morto anteontem, deve atrair à África do Sul a elite política e cultural mundial

Programação inclui missa em estádio de Johannesburgo, funeral de três dias em Pretória e enterro em aldeia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O corpo do primeiro presidente negro da África do Sul, Nelson Mandela, será enterrado no próximo dia 15 na aldeia de Qunu, no sudeste do país, onde passou a infância. O anúncio foi feito pelo atual presidente, Jacob Zuma.

O intervalo de dez dias entre a morte do líder antiapartheid e o sepultamento no mausoléu de sua família será marcado por uma série de homenagens, que devem levar à África do Sul a elite política e cultural global --e representar um desafio logístico e de segurança para o país.

"Devemos trabalhar juntos para organizar o melhor funeral possível para esse filho tão destacado do país", disse Zuma, que pediu um "dia nacional de orações" no próximo domingo para que as pessoas reflitam sobre a contribuição de Mandela.

VELÓRIO

Para a despedida, o corpo do líder, que morreu anteontem em Johannesburgo, aos 95 anos, foi levado a Pretória para ser embalsamado. Durante o funeral, seu rosto deverá ficar visível por uma abertura de vidro no caixão.

O primeiro evento público ocorrerá na próxima terça-feira (dia 10), com uma missa solene no estádio Soccer City, em Johannesburgo. Convidada, a presidente Dilma deverá estar presente.

O local foi onde Mandela fez sua última aparição pública, em 11 de julho de 2010, na final da Copa. Em 1990, também foi palco de seu primeiro grande discurso após ter passado 27 anos preso por seu ativismo antirracial.

No dia 11, Mandela começará a ser velado no Union Buildings, residência oficial da Presidência. O velório durará três dias, até sexta (13). No dia 15, o corpo de Mandela será enterrado em Qunu.

Em termos de público, a expectativa é que a despedida rivalize com a do papa João Paulo 2º, em 2005, que teve a presença de cinco reis, seis rainhas e 70 presidentes e primeiros-ministros, além de 2 milhões de fiéis.

Ontem, centenas de sul-africanos já foram prestar homenagem ao líder. A casa onde ele morreu, em Johannesburgo, virou ponto de peregrinação de brancos e negros, que deixavam flores e cartas e cantavam o hino nacional.

As cenas se repetiam também no bairro pobre de Soweto, onde Mandela viveu por mais de 15 anos.

Refletindo o papel agregador que o ex-presidente teve em vida, sua despedida deve reunir líderes de diferentes espectros políticos, como o presidente dos EUA, Barack Obama, o príncipe Charles, do Reino Unido, e os ditadores de Cuba, Raúl Castro, e do Zimbábue, Robert Mugabe.

Também são esperadas diversas celebridades, como a apresentadora de televisão americana Oprah Winfrey e o vocalista da banda irlandesa de rock U2, Bono.

A logística deve ser um desafio, já que a aldeia de Qunu tem infraestrutura precária de transporte e não conta com opções de hospedagem em grande escala.


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