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Polícia ucraniana fracassa em debelar manifestantes

Após recuo das forças de segurança, presidente pede diálogo com oposição

Rivais de Yanukovich dizem, porém, que só aceitam negociar se ele deixar o cargo; EUA ameaçam impor sanções

LEANDRO COLON DE LONDRES

Depois de tentar ontem, sem sucesso, desmontar a barricada dos manifestantes que pedem sua renúncia, o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, pediu diálogo aos adversários, mas não deu sinais de que pretende atender às reivindicações de romper com a Rússia.

Ontem, a polícia ucraniana tentou por duas vezes retirar os manifestantes da prefeitura de Kiev, local ocupado há duas semanas. Estes fizeram uma corrente humana em torno do prédio, e os policiais decidiram recuar.

O fracasso na operação das autoridades fez com que as barricadas derrubadas na terça fossem remontadas. Mas ao menos 11 pessoas ficaram feridas em confrontos com policiais no centro de Kiev.

A oposição reagiu com indignação à declaração do presidente e disse que só aceita negociar o fim dos protestos quando ele deixar o cargo.

O líder do partido de oposição, o campeão mundial de boxe Vitali Klitschko, considerou que a ação da madrugada de ontem fechou o caminho da negociação. "Nós planejávamos um diálogo com Yanukovich, mas entendemos que ele não quer conversar com o povo e só entende a força física", disse.

Em uma declaração divulgada pelo governo, o presidente disse que está aberto à discussão, mas desde que a oposição não busque o confronto. "Eu asseguro que o governo vai agir exclusivamente dentro da lei e nunca usará a força contra atos pacíficos", disse Yanukovich.

AMEAÇA DE SANÇÕES

Soma-se a essa tensão interna, agora, a postura do governo dos Estados Unidos em admitir aplicar sanções contra a Ucrânia caso mantenha a repressão.

"Todas as opções políticas, incluindo sanções, estão na mesa, mas obviamente que isso ainda está sendo avaliado", disse ontem Jen Psaki, porta-voz do Departamento de Estado americano.

A crise política no país coloca mais uma vez EUA e Rússia em lados opostos.

A oposição ucraniana cobra a renúncia de Yanukovich por ter se recusado a celebrar um acordo comercial com a União Europeia que colocaria o país próximo do bloco --e dos EUA.

O chefe do governo ucraniano, porém, tem sofrido pressão do presidente russo, Vladimir Putin, para não assinar a negociação com o bloco europeu. A Ucrânia depende economicamente da Rússia, principalmente por causa do fornecimento de gás.


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