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Mortos em saques sobem para 11 e greve policial persiste na Argentina

Paralisação prosseguia nas províncias de Salta e Terra do Fogo; Buenos Aires não é afetada

Entidade empresarial estima que saques já causaram prejuízo de cerca de R$ 210 milhões para lojistas argentinos

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES

Os protestos da polícia na Argentina continuaram ontem e atingiram mais uma província: Salta.

Alguns saques já haviam ocorrido na terça em Salta, capital da província, mesmo sem a paralisação policial. Ontem, os policiais decidiram também abandonar seus postos de trabalho para reivindicar aumento salarial.

No início da noite de ontem, o governo da região ofereceu 50% de aumento aos policiais, mas a proposta foi rejeitada.

O motim também prosseguia na Terra do Fogo e ainda havia conflitos em Mendoza e Chubut, mesmo com o anúncio de reajuste salarial pelos governos locais.

Pela manhã, o chefe de gabinete da Presidência, Jorge Capitanich, chegou a dizer que o problema estava resolvido em todas as províncias.

Ontem, chegou a 11 o número de mortos durante os saques decorrentes da greve policial, iniciada no dia 3.

Até a conclusão desta edição, não havia informação sobre novos saques ontem.

Na noite de anteontem, Tucumán registrou uma nova vítima, elevando o total da província para quatro --mesmo número de Chaco. Córdoba, Entre Ríos e Jujuy registraram uma morte cada uma.

Em Tucumán, assim que os policiais retornaram ao trabalho, na terça à noite, envolveram-se em uma confusão com moradores da cidade que pediam mais segurança em frente à sede do governo.

A passeata foi reprimida com balas de borracha e gás lacrimogêneo.

Das 23 províncias do país, apenas três não sofreram com a paralisação da categoria e os saques: Santa Cruz, Formosa e Santiago del Estero. A capital federal, Buenos Aires, também não foi afetada.

PREJUÍZOS

A Confederação Argentina da Empresa informou que 1.900 estabelecimentos foram saqueados em 14 províncias em pouco mais de uma semana de protestos policiais.

Segundo a entidade, o prejuízo chega a 568,5 milhões de pesos argentinos (cerca de R$ 210 milhões). As cidades que mais registraram saques foram Córdoba (1.000), Tucumán (250) e Concordia (200).

A associação de comerciantes de Santa Fé pediu ao governo ressarcimento do prejuízo para lojistas afetados. A Federação dos Supermercados Chineses disse que os estabelecimentos poderão fechar até o começo do ano se houver risco de saques.


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