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Criticada pela ONU, legislação atrai estrangeiros

DE BUENOS AIRES

A ONU (Organização das Nações Unidas) criticou ontem a legalização da produção e da venda de maconha no Uruguai. Segundo a Jife (Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes), a lei aprovada pelo Senado uruguaio anteontem viola tratados internacionais assinados pelo país.

"Em vez de proteger os jovens, essa legislação terá o efeito perverso de estimular a experiência com a droga mais cedo", afirmou Raymond Yans, presidente do organismo.

De acordo com a junta, a legislação não cumpre a Convenção Única de Narcóticos de 61, assinada pelo Uruguai. Pelo documento, os Estados signatários se comprometem a limitar o uso da maconha para fins médicos e científicos.

Da parte dos usuários, a nova lei foi celebrada. Ontem, o chanceler do Uruguai, Luis Almagro, informou que aumentaram os pedidos de informações para tirar visto ou residir no país por parte de estrangeiros. O ministro reiterou que o país não quer gerar um "turismo da maconha".

Pela nova legislação, uruguaios e residentes no país com mais de 18 anos poderão comprar até 40 gramas mensais da erva nas farmácias credenciadas ou plantar cannabis em casa.

O presidente José Mujica comemorou a aprovação da lei. Em entrevista ao jornal "La República", ele disse que o projeto foi feito com boa-fé e que não significa que a partir de agora o Uruguai irá promover a proliferação de um vício.

"Temos consciência de que a dependência química é uma enfermidade com E maiúsculo. Por isso mesmo, não podemos continuar com a mentalidade de esconder o lixo debaixo do tapete", afirmou.

A lei será sancionada pelo presidente amanhã, e a previsão é que as farmácias iniciem a venda da droga no segundo semestre de 2014. (LM)


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