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Protesto por acordo com UE reúne cerca de 200 mil em Kiev

Comissário europeu diz que negociação está suspensa por falta de compromisso claro do governo ucraniano

Em visita ao país, senador americano afirma que EUA apoiam manifestações contra Viktor Yanukovich Presidente Viktor Yanukovich tem encontro marcado com o russo Vladimir Putin nesta terça-feira

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Cerca de 200 mil pessoas voltaram a se reunir ontem na praça da Independência, na capital ucraniana Kiev, a favor da aproximação do país com a União Europeia.

As negociações para um acordo comercial e financeiro entre o país e o bloco europeu estão paralisadas desde o fim do mês passado, quando o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, abandonou as conversas alegando pressão contrária da Rússia.

Nos últimos dias, representantes da UE e ucranianos recomeçaram a negociação.

Ontem, porém, o comissário europeu para a ampliação do bloco, Stefan Fuele, disse que os trabalhos foram novamente suspensos. Segundo ele, Kiev não firmou um compromisso claro para o acordo.

Em comentário no Twitter, Fuele disse que as palavras e ações do presidente ucraniano e de seu governo sobre o pacto estão cada vez mais distantes. "Os argumentos deles não têm fundamento na realidade", disse. Como resultado, os trabalhos estão "em suspenso", disse.

A Ucrânia atravessa dificuldades econômicas e o presidente Yanukovich já disse que, para assinar o acordo com a União Europeia, o país espera ajuda financeira de € 20 bilhões por ano.

Do lado oposto está a Rússia, que oferece ajuda em troca de uma aproximação comercial ao leste, com Cazaquistão e Belarus.

CABO DE GUERRA

Yanukovich deve se encontrar amanhã com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou. A Ucrânia depende economicamente da Rússia principalmente devido ao fornecimento de gás.

"É melhor ele ficar em Moscou e não voltar a Kiev se o acordo de união aduaneira com a Rússia for assinado", afirmou o ex-ministro da economia Arseny Yatsenyuk, um dos líderes da oposição. Ele acusa Yanukovich de "vender" o país aos russos.

O cabo de guerra entre leste e oeste ficou evidente depois que ucranianos foram às ruas contra a decisão de Yanukovich de negociar com a Rússia, o que afasta o país da Europa. As manifestações chegaram a reunir 500 mil pessoas e foram reprimidas com violência.

Ontem, no terceiro domingo seguido de protestos, o senador americano John McCain se juntou aos manifestantes favoráveis ao acordo com a União Europeia.

O republicano disse que o destino da Ucrânia está na Europa. "O mundo está com vocês, os EUA estão com vocês".


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