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Confronto na China mata ao menos 16

Embate entre policiais e grupo suspeito ocorreu em Xinjiang, província com forte presença da minoria étnica uigur

Uigures, que são 45% da população local, acusam o governo chinês de repressão e de privilegiar a etnia han

MARCELO NINIO DE PEQUIM

Um novo confronto na instável província de Xinjiang, noroeste da China, fez 16 mortos, incluindo dois policiais.

É mais um na série de episódios violentos dos últimos meses sob o pano de fundo da tensão étnica que paira entre a minoria muçulmana uigur e as autoridades.

O incidente ocorreu no domingo à noite perto da cidade de Kashgar, uma área de forte predominância uigur.

Policiais que perseguiam suspeitos foram atacados por um grupo com facões e explosivos, afirmou o portal Tianshannet, mantido pela Região Autônoma de Xinjiang.

Foi o segundo incidente na região em um mês, após um ataque à polícia que deixou 11 mortos.

O governo costuma culpar "extremistas" islâmicos pela violência na província, uma das maiores da China e importante pelos recursos minerais e por ser a porta de entrada para a Ásia Central.

Há dificuldade em confirmar as informações sobre o que ocorre em Xinjiang, devido às restrições impostas pelo governo. Jornalistas estrangeiros são frequentemente barrados.

Em outubro, quando um carro invadiu a praça Tiananmen, em Pequim, autoridades chinesas afirmaram que terroristas uigures estavam por trás do atentado, que deixou cinco mortos.

Uigures acusam o governo central de reprimir sua cultura e dar privilégios à etnia han (90% da população chinesa).

Resultado de uma política de forte incentivo à migração, a população han em Xinjiang cresceu de 220 mil em 1949, quando foi fundada a República Popular da China, para 8 milhões atualmente.

Entre os uigures (45% da população da província), há alta taxa de desemprego e crescente ressentimento contra o que julgam ser uma política de discriminação.

A agência oficial de notícias Xinhua atribuiu o ataque a "terroristas".

A porta-voz do ministério de Relações Exteriores, Hua Chunying, seguiu a mesma linha, sem mencionar extremistas islâmicos.

"Essa conspiração não tem apoio popular e está fadada ao fracasso", disse ela.


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