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ONU vota hoje texto de resolução antiespionagem
JOANA CUNHA DE NOVA YORKO projeto de resolução antiespionagem elaborado por Brasil e Alemanha irá hoje à Assembleia-Geral da ONU num momento agitado em torno da NSA, a agência de segurança dos EUA.
O último passo para que o texto seja adotado ocorre no contexto de pressões contra a NSA dentro dos EUA. Anteontem, um juiz federal decidiu que a coleta de dados telefônicos pela agência é inconstitucional.
Segundo diplomatas, o documento deve ter forte apoio dos países-membros, como ocorreu em novembro, quando a Terceira Comissão adotou por consenso uma versão prévia.
A resolução não é vinculante, mas o caráter consensual esperado atribui peso político ao documento.
Brasil e Alemanha articularam o projeto depois que a chanceler Angela Merkel apareceu como alvo da vigilância em outubro. Dilma Rousseff também já havia sido citada como alvo.
O documento sofreu alterações, como a retirada da expressão "violação dos direitos humanos" decorrentes da vigilância das comunicações. O trecho foi substituído pela expressão mais amena "impacto negativo" da vigilância.
