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Parlamento russo aprova anistia que deve ajudar ativista do Brasil

Bióloga do Greenpeace diz que já se sente '99,99% libertada'

LEANDRO COLON DE LONDRES

O Parlamento russo aprovou ontem uma lei que anistia cerca de 20 mil prisioneiros investigados por vários crimes.

Um deles é o de vandalismo, que foi usado pelas autoridades russas para processar os ativistas do Greenpeace presos durante um protesto no Ártico, em setembro.

"Agora estamos 99,99% livres, garantidos de que as acusações serão paralisadas", afirmou, de São Petersburgo, a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, 31, que está entre os ativistas.

Para que a anistia entre em vigor, faltará apenas que o presidente Vladimir Putin sancione a medida, o que pode ocorrer ainda hoje.

Ela deixou a prisão provisoriamente no fim de novembro, mas está impedida de deixar a Rússia. "Não temos nenhuma perspectiva de quando isso vai ocorrer [viajar]. Pode ser amanhã, em dez dias ou dez meses, depende de oficialização da burocracia", disse.

Segundo ela, caberá a cada um dos ativistas aceitar ou não o perdão da Rússia. "Eu vou aceitar, embora não esteja comemorando, porque fui acusada de um crime que não cometi. E não celebro vitória enquanto não salvarmos o Ártico", afirmou.

Há dúvida ainda quanto a uma acusação de pirataria e quanto ao status dos ativistas, que não têm visto de entrada na Rússia, já que foram presos em alto mar.

Quem também deve se beneficiar da anistia são as duas integrantes da banda Pussy Riot Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alekhina, presas desde março do ano passado.

Elas foram condenadas por vandalismo agravado por ódio religioso por terem gravado um clipe na Catedral Ortodoxa de Moscou em 2012 criticando Putin.

Acredita-se que a Rússia esteja procedendo com a série de anistias para melhorar sua imagem internacional às vésperas da Olimpíada de Inverno de 2014, que acontece no país.


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