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Argentina aprova proposta de divisão do grupo Clarín

Diretor de agência diz que conglomerado midiático não conseguirá mais "manipular a opinião pública"

Empresa afirma que Lei de Mídia do governo tem a intenção de desarticular as "vozes independentes" do país

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES

O governo argentino aprovou ontem a proposta de divisão do conglomerado Clarín para se adequar às exigências da Lei de Mídia do país.

O plano foi aprovado por unanimidade pelo conselho da Afsca (Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual), agência responsável pela aplicação da lei.

A partir de agora, o Clarín terá 180 dias para dividir suas licenças de audiovisual em seis empresas diferentes. A Lei de Mídia estabelece um limite de 24 licenças por empresa. Somente no segmento de TV a cabo, o Clarín possui 158.

"Com a adequação do Clarín à lei, não acaba seu direito de informar e opinar com liberdade. Acaba sua possibilidade de se impor como um gigante econômico e monopólico para manipular a opinião pública e condicionar a democracia", disse Martín Sabbatella, diretor da Afsca.

Em nota oficial, o Clarín lamentou as declarações de Sabbatella, "as quais só nos fazem confirmar sua falta de imparcialidade e sua intolerância com um dos poucos meios não controlados pelo governo". Para o grupo, elas "ratificam que a intenção oficial com a Lei de Mídia tem sido a desarticulação das escassas vozes independentes".

O Clarín criará seis empresas independentes, cada uma com um dono, para dividir suas licenças.

A primeira reunirá os meios jornalísticos e a operação a cabo da Cablevisión em 24 cidades, com outro nome.

A segunda será a Cablevisión, com as 24 licenças permitidas de TV a cabo e a operação da Fibertel, provedora de internet. Outras 20 licenças de TV paga serão transferidas para uma terceira empresa.

A quarta congregará outros sinais, como Canal Rural e TyC Sports; a quinta ficará com as rádios FM de Tucumán, Bariloche, Bahía Blanca e Santa Fé, e a sexta terá os canais abertos de Mendoza e Bahía Blanca.


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