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Legislativo da Crimeia aprova independência

Decisão ocorre a poucos dias de referendo sobre anexação à Rússia; para EUA, medida viola Constituição ucraniana

Presidente interino da Ucrânia nega ideia de intervir na península e quer proteger fronteira leste contra os russos

LEANDRO COLON DE LONDRES

A poucos dias do referendo para tentar ratificar a anexação da Crimeia à Rússia, o Parlamento da península aprovou uma declaração de independência da Ucrânia.

O governo de Kiev, potências do bloco europeu e os EUA criticaram o movimento, considerando-o ilegal. Mais uma vez, a Rússia defendeu uma decisão tomada pelas autoridades locais.

A crise entre Ucrânia e Rússia só tende a aumentar nos próximos dias, sobretudo neste domingo (16), quando a Crimeia vai realizar a consulta pública sobre a adesão à Federação Russa.

O novo governo ucraniano já declarou que não reconhecerá o resultado, que provavelmente será pelo "sim", considerando a maioria étnica russa na Crimeia.

O presidente destituído Viktor Yanukovich, que era aliado de Moscou, reapareceu ontem na Rússia pela segunda vez após sua queda. Segundo ele, Kiev "está em mãos de um grupo de ultranacionalistas e neofascistas".

O governo de Vladimir Putin defendeu a declaração de independência do Parlamento. Em comunicado, a chancelaria russa disse considerar a declaração "absolutamente de acordo com a lei".

O discurso oposto foi adotado pela Ucrânia e por potências ocidentais. Para o embaixador ucraniano na ONU em Genebra, Yurii Klymenko, a decisão do Parlamento foi "ilegítima", pois as novas autoridades da Crimeia "foram escolhidas em situação de violação das leis da Ucrânia".

A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Jen Psaki, disse que a declaração de independência da Crimeia "não cumpre com a Constituição ucraniana".

Ontem, o clima de tensão na região cresceu após tropas pró-Rússia impedirem a chegada de voos comerciais de cidades ucranianas, incluindo Kiev, a Simferopol, capital da Crimeia. Só aviões partindo de território russo estavam autorizados a pousar.

SEM INTERVENÇÃO

Em entrevista à agência AFP, o presidente interino ucraniano, Oleksander Turchinov, disse que o país não intervirá militarmente na península. "Não nos envolveremos em operação militar na Crimeia, pois assim deixaríamos a fronteira leste da Ucrânia desprotegida, e os militares russos esperam por isso."


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