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Militar vê indício de desvio na rota de avião

Mídia da Malásia diz que Força Aérea detectou aeronave a cerca de 500 km do trajeto normal antes de desaparecer

General, porém, nega declarações e diz que radar só 'sugere' desvio, em mais um sinal da confusão sobre o caso

MARCELO NINIO DE PEQUIM

A Força Aérea da Malásia, segundo a mídia do país, constatou que o Boeing-777 que sumiu no último sábado (sexta no Brasil) mudou radicalmente de rota pouco após ter feito o último contato com a torre de controle e ter desaparecido dos radares civis.

Conforme um jornal do país, o general Rodzali Daud disse que o avião, com 239 pessoas a bordo, foi detectado por um radar militar sobre o estreito de Malacca, às 2h40 de sábado (15h40 de sexta no Brasil), cerca de uma hora após a última comunicação.

Agências de notícias e a rede CNN disseram ter recebido a mesma informação de fontes anônimas da Força Aérea, segundo as quais o avião voava numa altitude baixa.

Mas ela não foi confirmada oficialmente --e ontem à noite o general Daud negou, em nota, que tenha falado em desvio para o estreito de Malacca, em mais um sinal da confusão que cerca a investigação. Segundo Daud, os radares só "sugerem" que a aeronave teria mudado de rota.

O estreito de Malacca fica a oeste da Malásia --fora da rota normal do voo, que partira de Kuala Lumpur à 0h41 de sábado (13h41 de sexta em Brasília) com destino a Pequim, aonde deveria ter chegado seis horas depois.

Até então, a Malaysia Airlines vinha dizendo que o último sinal do avião fora recebido quando ele sobrevoava o golfo da Tailândia, entre a Malásia e o Vietnã. Os primeiros comunicados da empresa diziam que esse contato havia ocorrido às 2h40 locais, mas nas notas seguintes o horário foi alterado para 1h30.

Se a informação divulgada ontem pelo general for real, o avião voou por ao menos 500 km após mudar de rota, o que diminuiria as chances de queda ou explosão repentinas. A Malaysia disse que as autoridades investigam a hipótese de que os pilotos tentavam retornar para o aeroporto de Subang, perto de Kuala Lumpur.

A empresa também disse não ter recebido mensagens de problemas no avião pelo sistema de alerta automático.

A falta desses alertas intriga especialistas, assim como o fato de o transponder ter parado de funcionar. Com esse equipamento desligado, o avião não pode mais ser localizado por radares de uso civil, mas continua identificável para radares militares.

Para especialistas, o transponder poderia ter sido desligado propositalmente.

O chefe da polícia da Malásia, Khalid Abu Bakar, afirmou que as investigações se concentram em quatro áreas: "Sequestro, sabotagem, problemas pessoais entre a tripulação e passageiros e problemas psicológicos entre a tripulação e os passageiros".

"Pode haver alguém no voo que comprou enormes somas em seguro e quer que a família se beneficie", exemplificou.

Mais cedo, o secretário-geral da Interpol, Ronald Noble, disse que o sumiço da aeronave não parece ter sido causado por ação terrorista.

Essa suspeita surgiu no sábado, após a revelação de que dois passageiros embarcaram com passaportes roubados. Eles foram identificados como Delavar Seyed Mohammadreza, 29, e Pouria Nour Mohammad Mehrdad, 18, do Irã.

O governo iraniano colocou-se à disposição para auxiliar nas investigações.

Entre os indícios que afastam a hipótese, Noble citou que um deles tentava ir à Alemanha visitar a mãe. Amigos e parentes disseram que os dois pretendiam pedir asilo na Europa. Até a conclusão desta edição, não havia indícios do paradeiro do avião.

Com agências de notícias


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