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Força multinacional busca avião no Índico depois de nova pista

Fotos de satélite divulgadas pela Austrália mostram 2 objetos que podem ser parte de Boeing-777 que sumiu

Para Malásia, imagens são "indício crível" de avião; região das buscas é sujeita a mudanças bruscas de marés

DE SÃO PAULO DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Pelo menos seis aviões e três navios foram deslocados ontem para o sul do oceano Índico após a Austrália divulgar imagens de satélite que podem ser destroços do Boeing-777 da Malaysia Airlines. O avião sumiu há 12 dias, com 239 pessoas a bordo.

Para o ministro dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein, as imagens são "um indício crível" do avião. Porém, tanto ele quanto a Austrália pediram cautela em relação às fotos, que precisam ser confirmadas.

"Para os familiares em todo o mundo, a única parte de informação que desejam é a que simplesmente não temos: a localização do MH370."

A área onde foi feita a imagem fica no meio do oceano Índico, a 2.500 km de Perth, na Austrália. Segundo o primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, foram vistos dois objetos, um deles com 24 metros de comprimento.

As imagens foram feitas no domingo por um satélite americano, mas só foram divulgadas ontem porque precisavam ser analisadas.

"O trabalho de avaliar essas imagens é muito difícil e demanda tempo porque temos que olhar quadro por quadro das gravações", disse John McGarry, oficial da Força Aérea australiana.

Após a revelação, aviões de patrulhamento da Austrália fizeram uma varredura, mas não acharam nenhum vestígio e voltaram por causa do mau tempo --que também prejudicou a retomada das buscas na manhã de hoje (fim da noite de ontem no Brasil).

Também terminaram sem resultado as buscas feitas por um avião americano que caça submarinos e por um navio mercante da Noruega que seguia para a Austrália.

A Austrália ainda deve enviar um navio, assim como o Reino Unido. A China, por sua vez, prometeu ontem à noite enviar três navios de guerra ao local das buscas.

O trabalho, no entanto, pode ser dificultado devido às condições da área. Segundo oceanógrafos, a região tem profundidade de até 5.000 metros e está sujeita a fortes ventos, ondas gigantes e mudanças bruscas de marés.

Para os especialistas, isso pode ter feito com que os destroços tenham se espalhado por um raio de até 400 km. Outro ponto contrário é a quantidade de lixo devido a diversos naufrágios na área, que faz parte da rota entre o sul da África e a Austrália.

A nova área buscada é próxima ao raio de 4.000 km para onde a Malásia acredita que a aeronave tenha sido desviada. O voo MH370 fazia o trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim e sumiu 40 minutos após a decolagem.

Segundo o país, a aeronave mudou a rota e foi detectada por um radar militar no estreito de Malacca, na fronteira com a Indonésia.

O governo malasiano investiga se os pilotos têm relação com a mudança de rota e é criticado pela confusão das informações sobre o sumiço.

Ontem, a empresa de satélites Inmarsat acusou a Malásia de demorar dois dias para deslocar as buscas do mar do Sul da China para o oceano Índico, mesmo sabendo sobre o desvio do avião.


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