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Agência de segurança dos EUA admite falta de transparência

Vice-diretor da NSA falou durante evento de tecnologia no Canadá

FERNANDA EZABELLA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM VANCOUVER (CANADÁ)

A Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA admitiu ontem que precisa ser mais transparente, mas defendeu seu papel de "proteger a privacidade" e a segurança dos cidadãos do país.

"Evitamos 54 grandes ataques terroristas, e isso não foi por acidente", disse o vice-diretor Rick Ledgett.

A organização veio a público no TED, evento de tecnologia em Vancouver (Canadá), que conta com a participação das maiores empresas do setor.

Edward Snowden, ex-funcionário da agência que vazou milhares de documentos nos últimos meses, também falou ao TED nesta semana.

Ele afirmou que as revelações mais chocantes ainda estão por vir. Os documentos vazados por Snowden mostraram, por exemplo, a escuta da agência americana a autoridades mundiais como a chanceler alemã, Angela Merkel, e a presidente brasileira, Dilma Rousseff.

Ledgett foi aplaudido de pé por cerca de um terço dos ouvintes do evento.

O vice-diretor da NSA chamou Snowden de arrogante por "se achar acima da lei" e afirmou que ele tinha outras formas legais de apresentar suas preocupações sem colocar em risco a vida de muitas pessoas.

"O acesso a certos tipos de informação foi fechado por causa das vulnerabilidades reveladas por Snowden", disse Ledgett.

"Acredito que terrorismo ainda é a ameaça número 1 contra os EUA", continuou, respondendo à afirmação de Snowden de que terrorismo era apenas uma desculpa para agências bisbilhotarem à vontade a vida de cidadãos.

"Nós protegemos a privacidade dos cidadãos. Porém precisamos ter acesso a informações para achar terroristas", declarou.

Um dia antes, Snowden apareceu via vídeo e reiterou suas críticas contra a agência. "A NSA violou suas próprias regras milhares de vezes em um só ano", disse, sem deixar de criticar as próprias firmas de tecnologia.

"As empresas precisam proteger a privacidade de seus usuários. A coisa mais simples a ser feita é criptografar suas páginas. Se você comprar um livro na Amazon, agências de inteligência do mundo todo podem ver."


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