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Premiê proíbe Twitter na Turquia e causa protestos

Erdogan tomou atitude após denúncias terem sido reveladas por microblog

Protestos vieram até de presidente, aliado do premiê; União Europeia diz que decisão não tem nenhum fundamento

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O bloqueio do microblog Twitter na Turquia, ordenado pelo primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, provocou protestos dentro e fora do país e foi criticado pelo presidente Abdullah Gül, um dos aliados do chefe de governo.

O Twitter é uma das redes sociais mais usadas na Turquia e, nos últimos meses, serviu para difundir denúncias de corrupção contra Erdogan e seu governo.

A autoridade de comunicação do país bloqueou o microblog horas após o primeiro-ministro pedir a proibição, em discurso a seus aliados anteontem.

"Vamos bloquear o Twitter. Não estou nem aí para o que a comunidade internacional vai dizer. Eles verão a força da Turquia", provocou.

O microblog reagiu imediatamente, sugerindo a turcos que driblem o bloqueio enviado mensagens por meio de seus celulares. Os usuários também continuaram a acessar a rede social usando redes de navegação privada.

PRESIDENTE

Os mecanismos para burlar o bloqueio turco foram usados pelo presidente da Turquia, Abdullah Gül, para criticar seu aliado.

"Não podemos aprovar um bloqueio total de uma plataforma de redes sociais (...) Espero que esta situação não dure muito tempo", escreveu.

Gül já havia se oposto ao primeiro-ministro quando ele ameaçou proibir o Facebook e o YouTube, em outubro de 2013 e no início deste mês.

Em Bruxelas, a comissária europeia para Novas Tecnologias, Neelie Kroes, afirmou que a "proibição do Twitter na Turquia não tem fundamento, é inútil e covarde". Para ela, tanto o povo turco quanto o mundo verão o bloqueio como "censura".

Há três semanas, Erdogan virou alvo de investigações após a divulgação, nas redes sociais, de gravações de ligações telefônicas grampeadas.

Nos áudios, dois homens, que parecem ser o chefe de governo e seu filho Bilal, negociam valores a serem recebidos de empresários e a forma como esconder o dinheiro arrecadado da polícia.

As escutas, que o chefe de governo havia inicialmente classificado de "montagens", antes de reconhecer a veracidade de algumas, irritaram a oposição e geraram protestos em várias cidades do país.

Desde meados de dezembro, o governo de Erdogan, que conduz o país desde 2002, está envolvido em escândalos de corrupção.

O chefe de governo se diz vítima de uma conspiração conduzida pelo líder religioso Fettulah Gülen. Ele o acusa de influenciar o Judiciário e a polícia e fazer campanha contra seu partido para as eleições locais da Turquia, em 30 de março.


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