Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Deputada venezuelana cassada volta ao país e organiza protesto

María Corina Machado perdeu mandato de forma sumária por ter aceitado falar na OEA

Ela diz que declarações do presidente da Assembleia são nulas; país já tem 36 mortes devido a protestos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A deputada opositora venezuelana María Corina Machado, cassada em sessão da Assembleia Nacional (AN) na qual estavam presentes apenas parlamentares governistas, voltou ontem ao país, vinda do Peru.

Logo ao chegar, organizou uma manifestação contra o governo do presidente Nicolás Maduro.

"Hoje demonstraremos ao regime quem decide quem são os deputados. O povo na rua", escreveu a deputada em sua conta no Twitter, antes da manifestação, ocorrida na tarde de ontem na capital venezuelana.

Na segunda-feira, o presidente da AN, Diosdado Cabello, havia dito que Corina não era mais deputada pois havia aceitado um convite do Panamá para falar em uma sessão da OEA (Organização dos Estados Americanos) em Washington, na sexta-feira.

Segundo Cabello, ao aceitar falar na OEA, Corina teria violado dois artigos da Constituição e, por isso, perderia o seu mandato.

Sem mandato, ela poderá ser processada pela Justiça, pois perde a sua imunidade parlamentar.

O governo Maduro a acusa de incitar a violência por supostamente incentivar os protestos no país.

Ao retornar à Venezuela, Corina disse aos jornalistas que se sentia mais deputada do que nunca.

"Nunca fui tão deputada como agora. Sou mais deputada do que nunca, e continuarei atuando dentro e fora da Assembleia", afirmou ao desembarcar no aeroporto de Maiquetía, perto da capital, Caracas.

A deputada disse que é inconstitucional e nulo o ato do presidente da Assembleia contra ela.

"É uma atrocidade o que cometeu, com suas declarações, o senhor Cabello. Elas são absolutamente nulas e inconstitucionais", disse a deputada ainda no aeroporto.

UNASUL

Ontem, uma funcionária do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) foi morta após uma troca de tiros com a polícia de Chacao, um dos cinco municípios que formam a região metropolitana de Caracas e reduto oposicionista.

Com isso, já chegam a 36 os mortos devido a protestos no país. Todos eles, segundo o governo, são culpa da oposição, que estaria tramando um golpe.

Anteontem, foram presos três generais da Aeronáutica, que estariam envolvidos na suposta tentativa de derrubar o governo.

Em Caracas, terminou ontem a reunião de chanceleres dos países da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) que viajaram para discutir a situação do país com o governo e a oposição.

Os enviados também iriam se reunir com grupos de estudantes e de opositores, mas não foram revelados detalhes dos encontros.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página