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Greve geral de um dia paralisa Argentina

Convocado por centrais sindicais contra políticas do governo, movimento fez serviços e transporte público pararem

É a 2ª vez que Cristina Kirchner enfrenta esse tipo de paralisação; Casa Rosada critica líderes, antigos aliados

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que tem índice de rejeição de 67,5%, enfrentou ontem a segunda greve geral contra o seu governo no intervalo de 17 meses.

A paralisação de um dia foi organizada por três das cinco centrais sindicais argentinas e teve a adesão de mais de 1 milhão de trabalhadores, segundo a Confederação Geral do Trabalho.

Milhões de pessoas ficaram sem transporte público no país. Todos os voos domésticos e internacionais no aeroporto Aeroparque (Buenos Aires) foram cancelados.

Assim como em novembro de 2012, os grevistas protestaram contra a inflação e os recentes ajustes econômicos da Casa Rosada e pediram negociações salariais sem intervenção do governo.

Em Buenos Aires e nas principais cidades, os ônibus não circularam, ao contrário da greve de 2012. Também não havia trens, e o metrô da capital federal, que teria apenas uma linha paralisada, acabou não funcionando porque os grevistas impediram as composições de saírem.

Sem locomoção para o trabalho, a maioria das lojas e restaurantes decidiu não abrir as portas.

Os postos de combustíveis também não funcionaram, o que fez com que muitos táxis não pudessem trabalhar por falta de gás ou gasolina. O serviço de coleta de lixo foi interrompido.

"A greve teve altíssima adesão. Foi uma mensagem da sociedade ao governo", afirmou um dos organizadores, o líder caminhoneiro Hugo Moyano, antigo aliado de Cristina e de Néstor Kirchner, ao fazer um balanço do dia.

Anteontem, Moyano tinha dito que as pessoas não trabalhariam porque "estão com muita raiva".

A paralisação também foi marcada pelos piquetes que fecharam diversas estradas pelo país. Essas manifestações foram organizadas por entidades de esquerda.

Na manhã de ontem, houve confronto da polícia com manifestantes na estrada Panamericana na altura da cidade de Campana (a 75 km de Buenos Aires).

Os policiais usaram balas de borracha contra os piqueteiros, e estes reagiram com pedras. Algumas pessoas ficaram feridas.

As centrais sindicais organizadoras da greve reafirmaram ao longo do dia que essas ações foram isoladas.

REAÇÃO DO GOVERNO

Durante toda a quinta-feira, Cristina Kirchner ficou na residência oficial de Olivos, onde recebeu alguns funcionários da Casa Rosada.

Em entrevista a uma rádio no fim da tarde, o chefe de gabinete da Presidência, Jorge Capitanich, disse que, "se alguém quer efetivamente fazer valer o direito à greve, deve fazê-lo quando há liberdade de circulação, de escolha".


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