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Iraque fecha prisão que virou símbolo de torturas

Abu Ghraib ficou famosa por abusos de soldados

ISABEL FLECK DE NOVA YORK

O Iraque anunciou ontem que a controversa prisão de Abu Ghraib foi fechada por razões de segurança.

O local, que ficou conhecido após a divulgação, há dez anos, de imagens de soldados americanos torturando prisioneiros, corria o risco de ser invadido por insurgentes sunitas, segundo o governo.

Os 2.400 detentos foram levados para outras prisões de segurança máxima nas regiões central e norte do Iraque. Ainda não está claro se o fechamento é definitivo.

Em julho de 2013, um grupo afiliado à rede terrorista Al Qaeda já havia atacado o local e a prisão de Taji, liberando cerca de 500 prisioneiros, alguns deles líderes militantes.

Abu Ghraib fica próxima à província de Anbar, que vive um aumento da violência entre milícias tribais e militantes da Al Qaeda.

A decisão anunciada ontem evidencia a contínua deterioração da já precária segurança no Iraque. Em 2013, cerca de 8.000 civis iraquianos foram mortos em ataques, segundo a ONU --o nível mais alto em cinco anos. Neste ano, até o fim de março, 2.000 morreram.

A prisão, que tem capacidade para até 14 mil detentos e voltou ao controle dos iraquianos em 2006, tem um histórico de abusos que remonta ao regime de Saddam Hussein (1979-2003).

No entanto, foi em 2004 que ela ganhou notoriedade mundial ao serem reveladas imagens de prisioneiros acuados por cachorros, nus numa "pirâmide humana" ao lado de soldados americanos sorrindo.


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