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Naufrágio na Coreia do Sul tem 9 mortos e 287 desaparecidos

Navio levava 475 pessoas, mas apenas 179 foram resgatadas; causas do acidente não são conhecidas

Centenas de pessoas podem ter ficado presas na embarcação; outras podem ter se salvado e não ter avisado a polícia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Cerca de 280 pessoas permaneciam desaparecidas ontem na Coreia do Sul, após o naufrágio de um navio que levava 475 pessoas do porto de Incheon para a ilha turística de Jeju. Ao menos seis pessoas morreram.

Os desaparecidos não necessariamente morreram --muitos podem ter escapado com ajuda de pequenos barcos e não terem avisado a polícia. Mas até o fechamento desta edição (manhã de hoje na Coreia do Sul), as autoridades trabalhavam com a hipótese de parte das pessoas estar presa no navio, que afundou quase totalmente.

No cenário otimista, estariam vivas, dentro de bolsões de ar. Uma operação de resgate estava em curso.

As autoridades ainda investigam as causas do acidente, ocorrido anteontem (horário do Brasil) a 20 km da ilha de Byeongpyung. Segundo o governo, 179 pessoas haviam sido resgatadas.

As autoridades disseram que entre os mortos estavam uma mulher e dois estudantes. Uma fonte da Guarda Costeira confirmou a morte de outras três pessoas, sem fornecer maiores detalhes.

Ontem, as operações de resgate foram prejudicadas pelo mau tempo.

Dezesseis mergulhadores tentavam entrar no navio --apenas uma pequena parte de sua proa ainda continuava visível-- para tentar encontrar sobreviventes e resgatar corpos.

No entanto, a água gelada, a falta de visibilidade e as fortes correntes marítimas dificultavam os trabalhos.

A temperatura da água era de aproximadamente 12ºC, nível que o corpo pode suportar por até duas horas.

Segundo a emissora de TV sul-coreana YTN, citando testemunhas, a tripulação recomendou aos passageiros que ficassem em seus assentos por quase uma hora após o acidente, o que pode ter feito eles perderem um tempo crucial para escapar da embarcação que afundava rapidamente.

O Sewol, construído em 1994 no Japão, fazia o trajeto entre Incheon e Jeju, com duração média de 14 horas, duas vezes por semana.

No momento do acidente, o navio estava a apenas três horas do seu destino. O pedido de socorro foi emitido por volta das 9h locais (21h de Brasília).

A embarcação levava menos do que sua capacidade máxima, que é de 921 pessoas, 180 veículos e 152 contêineres. A maior parte dos passageiros no momento do acidente eram estudantes do ensino médio que faziam uma excursão.

ESPERA

Pais de estudantes se reuniram ontem no colégio Ansan Danwon e em ilhas próximas ao local do acidente esperando ansiosamente por notícias de seus filhos. Muitos dos estudantes que sobreviveram usaram os celulares das equipes de resgate para avisar a seus pais de que estavam bem.

"Minhas lágrimas secaram", disse em Jindo a mãe de um estudante que ainda estava desaparecido. "Espero que o governo faça tudo para trazer as crianças de volta".

Alguns pais não conseguiram esperar por notícias.

Ao menos dez deles alugaram pequenas embarcações que os levaram ao local do acidente. "Não havia nenhuma operação de resgate acontecendo. O que eles estavam fazendo naquela hora era tentar conter o vazamento de combustível. Estou muito bravo. A imprensa diz que a operação de resgate ainda está acontecendo, mas é tudo mentira", disse um deles.

"Não podemos desistir das buscas", disse a presidente sul-coreana, Park Geun-hye, em Seul.


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