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Otan vai aumentar efetivo militar perto da fronteira russa

Aliança ocidental afirma que deve enviar mais aviões, navios e tropas para evitar ação de forças pró-Moscou

Forças favoráveis à Rússia teriam tomado veículos blindados na região leste da Ucrânia; Kiev nega informação

LEANDRO COLON DE LONDRES

A Otan (aliança militar ocidental) anunciou ontem novas medidas para tentar brecar o movimento pró-Rússia no leste da Ucrânia.

O secretário-geral, Anders Fogh Rasmussen, prometeu reforçar a presença militar no leste europeu como forma de aumentar a pressão sobre a Rússia, a quem acusa de apoiar a ação dos separatistas ucranianos.

Cerca de 40 mil membros de tropas russas estariam perto da fronteira com a Ucrânia, diz a Otan.

O foco da ação, diz, será em regiões como os países bálticos (Lituânia, Letônia e Estônia), que já foram parte da União Soviética. "Teremos mais aviões no ar, navios no mar e tropas em terra", afirmou o secretário-geral, após reunião com membros da Otan, que reúne 28 países.

"Vamos implementar essas medidas imediatamente. Se necessário, outras serão tomadas nos próximos meses ou semanas", ressaltou Rasmussen, sem, no entanto, entrar em detalhes em relação às novas medidas e as que podem ainda ocorrer.

O anúncio da Otan ocorre um dia antes da reunião envolvendo todos os lados. Hoje, em Genebra, se encontram líderes de Ucrânia, Rússia, EUA e União Europeia.

O objetivo é buscar uma solução imediata à crise instalada no leste ucraniano, precedida pela anexação da península da Crimeia, então ligada à Ucrânia, pelos russos.

Desde semana passada, ativistas a favor da Rússia têm tomado prédios públicos de cidades estratégicas, como Donestk, com o discurso de separação do território.

O estopim da crise foi a queda, em fevereiro, do presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, aliado do presidente russo, Vladimir Putin.

BLINDADOS

Ontem, forças pró-Rússia tomaram seis veículos militares blindados da Ucrânia na cidade de Kramatorsk e o teriam levado para Slaviansk, segundo informações divulgadas por agências.

Cerca de 100 homens, sem identificação militar, teriam interceptado e assumido o controle dos tanques. Em um deles foi hasteada uma bandeira da Rússia.

O Ministério de Defesa ucraniano, porém, afirmou que nenhum blindado de suas tropas havia sido tomado pelos ativistas.

O episódio envolvendo os veículos blindados ocorre no dia seguinte ao primeiro sinal significativo de reação militar da Ucrânia.

O controle do aeroporto de Kramatorsk havia sido recuperado pelas forças de Kiev. Uma pista de pouso em Slaviansk também foi anunciada como retomada pelo governo ucraniano.

A Ucrânia afirma que a Rússia tem apoiado o movimento separatista que ganha corpo no leste. Putin nega, mas quer aprovar proposta que federalizaria o país, o que daria mais autonomia às províncias onde há maior concentração de população de origem russa.

Ontem, o chanceler russo, Sergei Lavrov, voltou a defender a medida como solução para a crise na região.


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