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Rússia diz que responderá se contrariada pela Ucrânia

Declaração de chanceler é a mais forte ameaça militar até o momento

Lavrov lembra conflito na Ossétia do Sul, região autônoma da Geórgia, em que houve uma guerra em 2008

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em sua ameaça mais forte de uma ação armada contra a Ucrânia até agora, o chanceler russo, Sergei Lavrov, prometeu "responder" caso os interesses de Moscou sejam contrariados.

E lembrou o que aconteceu na Ossétia do Sul, região da Geórgia de maioria pró-russa, em 2008. Naquela ocasião, um conflito armado deixou pelo menos 500 mortos.

"Se nossos interesses ou os interesses dos russos forem atacados diretamente, como foram na Ossétia do Sul, não vejo outra maneira a não ser responder de pleno acordo com as leis internacionais", afirmou Lavrov.

Ele se refere à escalada de tensão desde que um grupo de ativistas pró-russos foi alvejado por nacionalistas no leste da Ucrânia, no fim de semana. A região quer se separar dos ucranianos e se tornar território russo.

O chanceler declarou ao canal de notícias Russia Today, financiado pelo Kremlin, que um ataque contra cidadãos russos representa um ataque contra a Rússia.

No mês passado, Moscou anexou a península ucraniana da Crimeia, após um referendo, afirmando que precisava defender os moradores de etnia russa da região, que estariam ameaçados.

A Otan, aliança militar ocidental, afirma que a Rússia concentra cerca de 40 mil soldados em suas fronteiras com o leste ucraniano.

Em resposta, os Estados Unidos anunciaram a mobilização de tropas no leste europeu. Uma companhia de 150 soldados baseada na Itália chegou à Polônia ontem, e outros 450 soldados serão enviados a Estônia, Lituânia e Letônia.

A Ucrânia diz que está no meio de uma "operação antiterrorista" para desocupar delegacias de polícia e edifícios do governo ocupados por militantes que são favoráveis à Rússia.

Para Lavrov, a decisão de Kiev é orquestrada pelos Estados Unidos, já que anteontem o vice-presidente norte-americano Joe Biden visitou a capital ucraniana para apoiar o governo pró-Ocidente.

Ambos os lados se acusam de descumprir um acordo assinado semana passada, que envolve também a União Europeia. O texto prevê o desarmamento dos grupos ilegais das duas partes e a desocupação dos prédios públicos por separatistas do leste.

JORNALISTA PRESO

O Ministério do Interior da Ucrânia informou ontem que expulsou separatistas armados da cidade de Sviatogorsk, que estava tomada pelos rebeldes. De acordo com o órgão, não houve feridos.

O local fica a 20 quilômetros de Slaviansk, onde militantes pró-russos confirmaram ter sequestrado Simon Ostrovsky, jornalista americano que trabalha para o site Vice News.

O prefeito separatista de Slaviansk, Vyacheslav Ponomaryov, disse que o jornalista foi detido por reportar falsas informações, mas que estava sendo bem tratado.

"Ele está bem e em um local limpo. Não é nosso refém, mas nosso convidado. Nós só demos a ele um lugar para residir", disse.


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