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Papas canonizam papas amanhã em Roma

Igreja organiza evento gigante para declarar santos João Paulo 2º e João 23 na presença de Francisco e Bento 16

Cerimônia, marcada para as 5h de amanhã no horário de Brasília, é considerada única e histórica pelo Vaticano

LEANDRO COLON ENVIADO ESPECIAL A ROMA

A capital da Itália montou uma operação gigante para o evento que declara amanhã como santos o polonês João Paulo 2º e o italiano João 23 em missa comandada pelo papa Francisco --tendo seu antecessor, o emérito Bento 16, como convidado especial.

Serão dois papas celebrando a canonização de outros dois diante de pelo menos um milhão de pessoas na praça São Pedro, incluindo 24 chefes de Estado.

Até ontem, não havia nenhum representante brasileiro na lista divulgada pelo Vaticano.

A expectativa do Vaticano é de 2 bilhões de espectadores pela TV ou internet.

Bandeiras da Polônia, terra natal de João Paulo 2º (morto em 2005), tomavam conta de Roma ontem, assim como centenas de fotografias dele e de João 23 misturadas ao comércio de lembranças alusivas às imagens de ambos como santos católicos.

Na noite de hoje, uma vigília por igrejas de Roma dá início às homenagens. A grande missa está marcada para começar às 10h de amanhã (5h, em Brasília). Seis mil padres e 150 cardeais e bispos vão ajudar na cerimônia, já considerada única e histórica pelo Vaticano.

A canonização de ambos foi anunciada em 2013 por Francisco, após exceções concedidas para que isso ocorresse.

No caso de João Paulo 2º, seu sucessor, Bento 16, dispensou ainda em 2005, logo após sua morte, o prazo necessário de cinco anos para a abertura de um processo desse tipo.

Naquele mesmo ano foi aberta a investigação do primeiro milagre atribuído a ele --a segunda graça, requisito para virar santo, teria ocorrido em 2011.

Já João 23, papa entre 1958 e 1963, será declarado santo sem o reconhecimento do segundo milagre, porque Francisco decidiu canonizá-lo por suas virtudes em vida.

Telões foram montados pela prefeitura de Roma em quatro pontos da cidade para que as pessoas possam assistir à canonização sem precisar se deslocar à Praça São Pedro, onde se espera a presença de um milhão de fiéis.

A prefeitura diz que vai distribuir quatro milhões de garrafas de água e contar com a ajuda de 2.600 voluntários de defesa civil e 2.000 policiais.

"Pela primeira vez na história nosso metrô estará aberto durante a noite. É um dia de festa por vários motivos", diz o prefeito da cidade, Ignazio Marino.

Apesar da euforia, ele admitiu recentemente que a cerimônia já resultou num custo extra de € 7 milhões (R$ 21,6 milhões) aos cofres públicos, além do pagamento de 12 mil horas extras aos servidores públicos envolvidos.

Os organizadores chegam a falar em cinco milhões de pessoas pela região nos últimos dias, números não confirmados oficialmente.

O livro litúrgico da missa revela que, em determinado momento, o papa e seus auxiliares vão rogar para que Deus, sob as preces do agora "São João 23", ajude os líderes das nações a "rejeitar a escalada de ódio e violência". Há poucos dias, o papa Francisco pediu o fim da crise militar entre Ucrânia e Rússia.

Já "São João Paulo 2º" receberá apelo para ajudar a manter a "dignidade humana" na cultura, na ciência e nos governos.

Segundo o Vaticano, duas relíquias serão usadas: um frasco contendo sangue de João Paulo 2º e outro com pedaço de pele retirado de João 23 no ano de 2000, quando seu corpo foi exumado.


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