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Governo de Maduro detona nova fase de 'ofensiva econômica'
Fiscalizações pretendem combater a alta inflação e o desabastecimento em 11 grandes setores da economia
Empresários são acusados de elevar preços para colocar ainda mais pressão sobre autoridades
Na tentativa de garantir o abastecimento econômico e impedir "abuso de preços", o governo de Nicolás Maduro inicia hoje, em três Estados venezuelanos, a etapa regional de uma nova "ofensiva econômica".
Empresários e trabalhadores dos Estados de Maracaibo, Maracay e Maturin (governados por chavistas) foram convocados para discutir estratégias de ações de estímulo em 11 setores econômicos (petróleo, petroquímica, construção, indústrias, agropecuária, agroindústria, turismo, têxtil, mineração, manufatura, comunicações e alta tecnologia).
O objetivo é resolver problemas pontuais de cada um e tentar reverter a escassez de produtos básicos.
Como parte da estratégia, o governo venezuelano prendeu 16 pessoas na última sexta-feira por "especular e roubar o povo" por meio de reajustes de preços. No final do ano passado, quando o governo lançou a "primeira ofensiva", dúzias de empresários foram presos.
A inflação na Venezuela atingiu 4,1% em março --em termos anualizados, o índice é de 59,3%, um dos maiores do mundo.
O sucessor de Hugo Chávez culpa supermercados de promover aumentos de 200% a 400% no preço de carnes e outros produtos alimentícios, a despeito de uma lei que limita em 30% a margem de lucro no comércio.
O governo da Venezuela prendeu ou mantém sob investigação 30 militares por uma eventual participação em uma tentativa de golpe de Estado. A informação foi revelada ontem por José Vicente Rangel, ex-ministro de Defesa de Hugo Chávez e que segue no governo de Maduro, embora sem cargo oficial.