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Conflitos matam mais de 40 na Ucrânia

Ucranianos vivem dia mais violento desde que insurgentes favoráveis à Rússia tomaram cidades no leste do país

Incêndio causado por enfrentamento no sul deixa 31 mortos; Obama e Merkel ameaçam mais sanções contra Moscou

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O dia mais violento na Ucrânia desde que militantes pró-russos ocuparam cidades no leste, há mais de três semanas, terminou com pelo menos 35 mortos em Odessa e 9 mortos em Slaviansk.

Na cidade portuária de Odessa, no sul, apoiadores do governo de Kiev entraram em confronto com manifestantes separatistas, trocando coquetéis molotov e pedras, o que deixou pelo menos quatro mortos. Além disso, um incêndio causado pelo enfrentamento num prédio sindical resultou em pelo menos 31 mortos, segundo o Ministério do Interior da Ucrânia.

As forças ucranianas lançaram ontem sua operação mais intensa para tentar recuperar a cidade de Slaviansk, no leste, que foi tomada pelos rebeldes pró-russos. Kiev recuperou nove postos de controle, montando um cordão em volta do centro.

Dois helicópteros ucranianos foram derrubados por rebeldes em solo, e dois soldados morreram, de acordo com o Ministério da Defesa da Ucrânia. Houve relatos de que um membro da Força Aérea teria sido feito refém.

O autonomeado prefeito de Slaviansk, o pró-russo Viacheslav Ponomariov, disse que três membros das milícias antigoverno e dois civis foram mortos. Ele pediu que mulheres, crianças e idosos não saíssem de casa. Além disso, autoridades ucranianas informaram também a morte de mais dois soldados.

OBAMA E MERKEL

O presidente americano, Barack Obama, criticou a atitude da Rússia sobre a crise ucraniana, durante encontro com a chanceler alemã, Angela Merkel, na Casa Branca. "A Rússia insiste em tratar a situação [no leste] como fruto de manifestações espontâneas, mas manifestantes espontâneos não derrubam helicópteros", disse.

Os EUA e a UE (União Europeia) acusam Moscou de financiar a insurgência no leste da Ucrânia, região de maioria étnica russa, e ameaçaram mais sanções.

Segundo Obama, EUA e UE estão "unidos na determinação de fazer com que a Rússia pague por suas ações" com o isolamento diplomático e econômico. As novas sanções americanas poderiam incluir os setores de energia, armas e crédito.

A Rússia pediu ontem o fim da operação militar no leste e acusou as autoridades pró-ocidentais de Kiev de "irresponsabilidade criminosa" devido às mortes em Odessa.

"Enquanto a Rússia se esforça para diminuir o conflito, o regime de Kiev começou uma operação punitiva que destrói a última esperança de viabilidade do acordo de Genebra", disse o porta-voz de Putin, Dmitri Peskov.

O acordo, fechado em abril por Rússia, Ucrânia, UE e EUA, estabeleceu passos para diminuir a tensão no leste.

Também ontem, jornalistas ocidentais foram mantidos em poder de rebeldes por algumas horas em Slaviansk.

A repórter da CBS Clarissa Ward contou ao canal que sua equipe foi dividida e mantida com as mãos amarradas pelos separatistas. Um dos jornalistas foi agredido.


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