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Tensão deve marcar celebração do Dia D

Aniversário de 70 anos do desembarque aliado na França reunirá Obama e Putin, que trocam acusações sobre Ucrânia

Evento ocorre um dia após cúpula do G7 em que novamente houve ameaça de novas sanções contra Rússia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os principais líderes do planeta se reúnem nesta sexta-feira (6) para relembrar os 70 anos do Dia D, o desembarque aliado na costa da Normandia, na França, durante a Segunda Guerra.

Como já fizeram em aniversários passados, tentarão promover um discurso de concórdia.

Mas, desta vez, as cerimônias ocorrerão sob forte tensão, devido à anexação da Crimeia ucraniana pela Rússia, que abriu uma crise entre o país e o Ocidente.

Maior operação militar da história, o Dia D começou nas primeiras horas de 6 de junho de 1944, com bombardeios dos aliados sobre as posições alemãs, lançamento de paraquedistas e, enfim, o desembarque da infantaria nas praias francesas.

A força aliada do primeiro dia da invasão consistia de 176 mil homens de Estados Unidos, Reino Unido e outros países. Bem-sucedido, o Dia D estabeleceu um novo front na guerra, aliviou a União Soviética no leste e selou, menos de um ano depois, a derrota da Alemanha nazista.

A cerimônia em memória da data vai unir 17 líderes, como a rainha britânica, Elizabeth 2ª, os presidentes Barack Obama (EUA) e François Hollande (França) e a chanceler Angela Merkel (Alemanha). Mas também terá a presença de Vladimir Putin.

Com o protocolo parcialmente indefinido, o rol de constrangimentos possíveis é grande. Obama e Putin não se encontram pessoalmente desde que a Rússia tomou a Crimeia. Depois disso, se falaram apenas por telefone e trocaram ameaças.

Além disso, o russo encontrará os líderes do G7 um dia depois de eles o terem criticado em conjunto em uma cúpula em Bruxelas, a primeira depois que a Rússia foi excluída do grupo.

O G7 informou que pode impor novas sanções aos russos se o Kremlin não reconhecer o novo presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko --outro que estará presente. Obama cobrou que Putin pare com as "provocações na fronteira do país".

Diplomatas franceses informaram ainda que Hollande planeja um aperto de mão entre Putin e Poroshenko.

Rusgas passadas em aniversários do Dia D incluem uma recusa do então presidente francês Charles de Gaulle, crítico aos EUA, de participar da festa de 20 anos, e uma cerimônia de 60 anos marcada pela tensão entre os EUA, que haviam invadido o Iraque, e França e Alemanha, contrários à guerra.

A cerimônia terá fogos de artifício nas praias e contará com quase mil veteranos, hoje na casa dos 80 e 90 anos.

Cerca de 12 mil soldados aliados foram mortos, feridos ou dados como desaparecidos no Dia D.


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