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Ex-número 2 das Forças Armadas da China é acusado de corrupção

General Xu Caihou é um dos mais altos funcionários do país a serem alvo de investigação

Militar é o mais novo atingido por campanha do presidente, Xi Jinping, contra o abuso de poder de autoridades

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O general Xu Caihou, antigo número dois da hierarquia militar chinesa, foi expulso do Partido Comunista nesta segunda-feira (30) por suspeitas de corrupção, informou a agência oficial Xinhua.

Ele é um dos mais altos funcionários do governo a serem investigados na campanha anticorrupção lançada pelo presidente Xi Jinping.

O general foi membro do Politburo, órgão do partido que efetivamente toma as decisões do governo no país, e vice-presidente do Comitê Militar Central, que comanda as Forças Armadas chinesas.

"As investigações descobriram que Xu se aproveitou de seu cargo para ajudar a ascensão de algumas pessoas, e aceitou subornos pessoalmente ou por meio de familiares", indicou o comunicado do Comitê Central do partido, liderado por Xi Jinping.

O caso "é grave e produziu um vil impacto", diz a nota, que afirma ainda que o ex-general e seus familiares obtiveram propriedades e grandes somas de dinheiro em troca de outros favores.

Embora não haja mais detalhes sobre as acusações, especula-se que elas possam estar ligadas a outro general investigado, Gu Junshan, que, é suspeito de, entre outros expedientes ilegais, ter pago propina para ser promovido --foram cinco promoções em oito anos.

Acredita-se que este seja uma prática usual na carreira militar chinesa.

O anúncio, após três meses de investigação, põe fim às especulações em torno de Xu.

Em março, a imprensa independente de Hong Kong assegurou que o general havia sido detido em um hospital de Pequim, onde ele era tratado de um câncer de bexiga, mas o o governo não confirmou a informação.

Xu, cuja esposa e filha foram detidas em relação com o mesmo caso, será o primeiro comandante militar a ser julgado por um crime de corrupção.

O ex-general começou a fazer parte da Comissão Militar Central em 1999. Ao longo da última década, durante o mandato do presidente Hu Jintao, passou a ter uma grande influência nas Forças Armadas chinesas.

Os rumores sobre sua queda começaram a circular há um ano, quando deixou formalmente o cargo na Comissão Militar Central e parou de comparecer às sessões da Assembleia Nacional do Povo, o Legislativo chinês.

ESTRATÉGIA

Desde que assumiu o poder, em 2012, Xi Jinping tem feito uma campanha para combater a corrupção no Partido Comunista e nas Forças Armadas.

O caso de Xu lembra o de Bo Xilai, também ex-membro do Politburo. Filho de um dos líderes da Revolução de 1949 e com vocação populista, Bo era líder do partido na província de Chongqing quando foi implicado no assassinato de um empresário britânico.

Acusado de receber subornos, abuso de poder e corrupção, Bo foi destituído e condenado à prisão perpétua.


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