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Manifestantes são presos em Hong Kong

Ao menos cinco organizadores de atos a favor de reformas democráticas no território foram detidos pela polícia

No total, mais de 500 pessoas já foram presas por participação em protestos na Região Administrativa chinesa

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Pelo menos cinco organizadores das manifestações por democracia em Hong Kong foram presos pela polícia nesta sexta-feira (4).

As detenções se somam a outras 511 ocorridas na quarta-feira (2), segundo dia de protestos, quando os ativistas tentavam ocupar o distrito financeiro da cidade.

Eles foram presos sob acusação de obstrução de atuação policial e desobediência a ordens da polícia.

Um dos detidos foi o motorista do caminhão que levava ativistas à marcha. Ele foi acusado de sair do veículo deixando o motor ligado.

"A prisão foi absurda e um ato de evidente repressão policial", disse Icarus Wong, um dos líderes do protesto.

"Nós informamos a polícia da manifestação com antecedência e não recebemos objeções. Ela foi completamente legal", completou Wong.

As manifestações tiveram início na terça-feira (1º) e reuniram 500 mil pessoas, segundo os organizadores. A polícia fala em 98 mil.

Os protestos pedem por eleições diretas para chefe do Executivo da cidade, que é uma Região Administrativa Especial da China.

O governo chinês já havia autorizado, pela primeira vez, que se realizassem eleições para a escolha do líder de Hong Kong, em 2017. Mas os candidatos devem ser aprovados por um comitê de seleção de Pequim, o que os ativistas não aceitam.

AMEAÇAS

Nesta quinta-feira (3), o jornal estatal "The Global Times of China" publicou um editorial defendendo as prisões de ativistas e criticando o que chamou de "partidos radicais de oposição".

"Se o Estado de Direito de Hong Kong se desgastar, a cidade pode seguir os passos de Ucrânia e Tailândia", afirma o jornal, referindo-se a um potencial conflito.

No último mês, foi organizado um referendo extraoficial sobre reformas democráticas. A votação, que foi considerada ilegal pela China, teve mais de 780 mil participações. Todas as opções envolviam a escolha do representante pelos cidadãos.

O movimento que ficou conhecido como "Ocupar o Centro com Paz e Amor" planeja uma grande ocupação do distrito financeiro, caso o governo aprove uma reforma que não satisfaça suas demandas.

O grupo exige uma legislação que cumpra com os padrões do sufrágio universal

O distrito financeiro tem as sedes de algumas das maiores empresas asiáticas, prédios de multinacionais, além de edifícios governamentais.

Hong Kong, centro capitalista liberal com mais de 7 milhões de habitantes, voltou ao domínio chinês em 1997, após ser colônia britânica por quase 50 anos.

A China mantém a região sob a fórmula "um país, dois sistemas", junto com uma promessa sem data de sufrágio universal.


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