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Venezuela promete investigar acusações feitas por ex-ministro

Ministério Público anuncia ação quase um mês depois de divulgação de carta com críticas à gestão de Maduro

Para ex-homem forte da economia, presidente não tem carisma e é culpado por decisões econômicas incorretas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, disse nesta quinta-feira (10) que as acusações de corrupção feitas pelo ex-ministro do Planejamento Jorge Giordani estão sendo investigadas.

A investigação foi anunciada quase um mês depois da divulgação da carta em que Giordani --um dos homens fortes da economia na gestão do presidente Hugo Chávez, morto em 2013-- fazia, além das acusações, pesadas críticas ao governo do sucessor de Chávez, Nicolás Maduro.

No final de junho, Ortega Díaz chegou a dizer que não existia nenhuma investigação formal sobre o conteúdo da carta. "É um conteúdo infinito. Se [Giordani] sabia do que estava acontecendo há três anos, por que não denunciou na época?", indagou ela.

Nesta quinta, sem dar explicações sobre a mudança de orientação do Ministério Público, a procuradora-geral apenas informou que há uma investigação em curso. Ela também não esclareceu se o ex-ministro vai ser ouvido.

'SEM CARISMA'

Giordani foi destituído do seu cargo em junho, mesmo mês em que veio à tona a carta em que critica Maduro por não ter o mesmo carisma de Chávez nem transmitir liderança, além de tomar decisões econômicas equivocadas.

O ex-ministro também acusou o governo de gastos excessivos para reeleger Chávez, em 2012, e afirmou que a má gestão da despesa pública, dos subsídios e do controle de câmbio resultou na crise hoje vivida pelo país.

A Venezuela tem uma das inflações mais altas do continente (em maio passado, atingiu 60,9% em 12 meses) e vive às voltas com a falta de produtos básicos, o que ajudou a insuflar os protestos contra a gestão de Maduro.

Logo depois da queda de Jorge Giordani, o ex-ministro da Educação Héctor Navarro endossou as suas críticas e pediu que o governo respondesse às questões levantadas na carta. Por causa disso, Navarro acabou sendo suspenso da direção nacional do PSUV, o partido do governo.

Nesta quinta, em discurso transmitido por cadeia obrigatória de rádio e TV, Maduro disse que "setores da ultradireita" que estimularam La Salida ("a saída", movimento por sua renúncia) só conseguiram "entrada" na prisão.


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