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Militar refém de separatistas será devolvido à mãe

DO ENVIADO A SNIZHNE

O jovem Sergei Kusmenko, 24, decidiu há dois anos entrar para as Forças Armadas da Ucrânia. A ideia, diz, era mais ter um emprego do que qualquer ideologia militar.

"Não imaginava que tudo fosse mudar, ter de entrar num conflito", disse à Folha nesta segunda-feira (21), detido na base dos separatistas pró-Rússia que agem no país, em Snizhne, a 20km da fronteira ucraniana e russa.

Kusmenko foi preso na semana passada, quando tentava ajudar um colega ucraniano num hospital da região.

A reportagem encontrou o jovem por acaso, quando visitava o local para entrevistar os líderes sobre prédios atacados na região, no dia 15.

Desde que foi detido, é vigiado dia e noite pelos separatistas. Dorme num sofá verde em uma sala do prédio, um antigo centro administrativo tomado à força.

Além do passaporte, também estava com um celular, com permissão para se comunicar apenas com a mãe. Na presença de rebeldes, disse que não sofreu violência.

"Só não atiramos porque ele estava desarmado e não representou ameaça", disse Sergei Ivanovich, 49, líder separatista na cidade.

Segundo o comandante, o jovem soldado ucraniano seria devolvido à sua família até o fim desta semana. "Temos que devolvê-lo à mãe. Ele vive aqui, na mesma região nossa, não temos como mantê-lo preso", afirmou.

A cidade de Snizhne é apontada como uma das principais bases de apoio dos rebeldes, sobretudo por causa da proximidade da fronteira russa --apenas alguns minutos de carro separam os dois territórios.

Os separatistas acusam as forças ucranianas de terem atacado dois prédios residenciais, matando pelo menos 11 pessoas.

O governo da Ucrânia nega ter feito o ataque e diz ainda ter evidências de que a cidade é base do sistema de míssil russo Buk-M1, suspeito de ter derrubado o avião da Malaysia Airlines com 298 pessoas a bordo, ali do lado, na vizinha Torez. (LC)


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