Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Foco

Maior cortiço vertical do mundo, Torre de David é desocupada em Caracas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Torre de David, imenso cortiço de 45 andares no centro de Caracas, teve seus cerca de 3.000 moradores retirados sete anos depois de ter sido ocupada.

O prédio, que surgiu como opção de moradia, nunca ofereceu condições de segurança para seus moradores. Mesmo assim, chegado o momento de abandoná-lo, eles dizem ter vivido bem no cortiço mais alto do planeta.

"A necessidade nos trouxe aqui, e a torre nos deu uma boa casa", disse Yuraima Parra, de 27 anos. "Fiquei lá por sete anos, vou sentir falta".

Os moradores do local disseram que as autoridades estavam dando novas casas para eles em Cúa, ao sul de Caracas, em um projeto habitacional do governo --uma das principais bandeiras do ex-presidente Hugo Chávez.

A ocupação era no Centro Financeiro Confinanzas, edifício de escritórios cuja construção foi paralisada na metade dos anos 90, quando um banco que financiava a obra faliu, como tantos outros na Venezuela naquele período.

Terceiro edifício mais alto da Venezuela, a Torre de David acumulou histórias.

Era conhecida pela organização dos moradores, que se revezavam na limpeza e decidiam regras de convivência.

Foi também cenário de um episódio da série de televisão americana "Homeland", e tema de documentário da BBC.

No entanto, também marcaram os casos de pessoas que caíram das bordas dos andares e as incursões policiais em busca de vítimas de sequestros.

Apesar disso, para o colombiano Robinson de la Cruz, 59, o sentimento era de tristeza ao abandonar um lar em que se sentia muito confortável. "Sinto muita saudade. O que se pode fazer? Vamos nos mudar para outro bairro e reconstruir nossa vida uma vez mais", disse Cruz.

O governo do presidente Nicolás Maduro ainda não anunciou o que pretende fazer com a torre, mas um jornal local disse que bancos chineses estavam adquirindo o imóvel para restaurá-lo.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página