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EUA realizam reunião de cúpula com africanos

Americanos tentam recuperar posto de principal parceiro comercial do continente

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

Quase 50 chefes de Estado e de governo africanos visitam Washington nesta semana para a primeira cúpula de líderes africanos com os EUA.

O encontro é bastante parecido com os cinco já realizados pela China em Pequim desde 2000.

Praticamente todos os analistas políticos americanos que tratam do tema (e muita gente do governo, pedindo anonimato) admitem que a cúpula pretende recuperar o tempo perdido e "competir" com a China em negócios no continente --desde 2009, os chineses superam os EUA como principal parceiro comercial dos africanos.

Nesta terça (5), os líderes africanos são recebidos em jantar na Casa Branca pelo presidente, Barack Obama. Há eventos no Congresso e na Câmara Americana de Comércio, a grande associação empresarial do país. Presidentes de cem grandes empresas americanas, como Coca-Cola e General Electric, já confirmaram presença.

Seis das dez economias que mais cresceram no mundo na última década estão na África. "Nós não vemos a África como um duto por onde se exploram recursos naturais, nem em espaço só para a caridade", disse, em palestra na semana passada, Susan Rice, a conselheira de Segurança Nacional da Casa Branca.

Em entrevista coletiva na sexta-feira (1º), Obama disse que "queremos fazer negócios com eles" e que "podemos criar empregos nos EUA e exportar produtos americanos se nos engajarmos".

Há grandes diferenças entre cúpulas recentes com líderes africanos na China e no Japão com a americana: Obama não terá encontros individuais com nenhum convidado (como fazem chineses e japoneses), nem haverá tempo para discursos de cada um deles.

O governo quer priorizar a agenda "positiva" de negócios, enquanto várias organizações de direitos humanos pressionam para que temas como violência e terrorismo entrem nas discussões.

Por ser filho de um imigrante queniano, havia muita expectativa sobre como seria a relação de Obama com o continente, mas ele só visitou a África no início de seu segundo mandato.

Seus antecessores priorizaram o fim de barreiras comerciais (Bill Clinton) e a luta contra a epidemia de HIV e o tratamento de pacientes com Aids (George W. Bush).


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