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Ucrânia põe cidades do leste sob cerco quase total
Donetsk e Lugansk estão com separatistas
As forças ucranianas praticamente cercaram Donetsk e Lugansk, as duas principais cidades do leste da Ucrânia, ocupadas por separatistas pró-Rússia.
O governo de Kiev disse que bloqueou também uma das estradas que levam à fronteira com a Rússia.
Os separatistas sofrem o cerco e aparentemente se enfraquecem, enquanto esperam pela "missão humanitária" prometida pela Rússia.
Moscou enviou entre 260 e 280 caminhões para a região, com o discurso de que está transportando alimentos, água, cobertores e remédios para a população vítima do conflito na região.
Mas, nesta quinta-feira (14), o comboio era motivo de impasse.
Segundo relato das agências de notícias que estão no local, os caminhões estavam até quarta-feira (13) a 40 quilômetros da fronteira entre os dois países, perto de Lugansk.
Teriam mudado a rota prevista, que seria até Kharkov, outra cidade importante do leste, mas sob controle do governo da Ucrânia.
No entanto, não há clareza ainda sobre o destino final dos veículos, já que o governo ucraniano promete barrar sua entrada se antes não for feita uma inspeção.
O governo da Ucrânia suspeita que Moscou esteja usando os caminhões, todos pintados de branco, para transportar equipamentos militares para os separatistas.
Segundo o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, Andriy Lysenk, o comboio será "bloqueado" na fronteira se não for inspecionado.
Kiev e potências ocidentais têm acusado o presidente russo, Vladimir Putin, de apoiar os rebeldes desde o começo do ano, o que ele nega.
No começo da semana, ao anunciar o envio do comboio de caminhões, a Rússia disse que havia negociado com a Cruz Vermelha Internacional e com autoridades ucranianas, que não confirmam nenhum tipo de acordo.
Nesta quarta, Putin esteve na península da Crimeia, que pertencia à Ucrânia e foi anexada pela Rússia em março passado, após rebeldes também ocuparem a região.
Em discurso a ministros russos e a membros do Parlamento da Crimeia, o presidente russo adotou um tom de conciliação.
"Nós precisamos nos mobilizar para um duro trabalho em nome da Rússia, mas não para a guerra ou para qualquer tipo de confronto", afirmou Putin.