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Britânicos elevam alerta contra milícia

Primeiro-ministro David Cameron anuncia medida por causa de risco de ataques de facção radical Estado Islâmico

Preocupação maior é com pessoas que nasceram no país e se uniram aos terroristas na Síria e no Iraque

DE SÃO PAULO

O Reino Unido elevou o alerta de ameaça terrorista em seu território para "grave", segundo nível mais alto da escala, em razão da atuação da milícia radical Estado Islâmico (EI), presente no Iraque e na Síria.

O primeiro-ministro David Cameron afirmou que estuda novas medidas contra suspeitos de terrorismo.

A alteração do estado de alerta "significa que um ataque terrorista é muito provável, mas não há informação para sugerir que seja iminente", segundo a secretária do Interior, Theresa May.

O alerta "grave" na escala de cinco graus não era usado para terrorismo internacional desde julho de 2011.

"Precisamos fazer mais para impedir [terroristas] de viajar, impedir os que viajam de retornar e lidar de maneira decisiva com aqueles que já estão aqui", afirmou Cameron nesta sexta-feira (29).

A preocupação maior é com a presença de cidadãos britânicos nas fileiras do EI.

Um dos principais planos do primeiro-ministro é facilitar a apreensão de passaportes destes extremistas nascidos no Reino Unido.

A medida seria uma resposta a estatísticas que afirmam que a retenção do documento foi usada 23 vezes no último ano, enquanto estima-se que 250 radicais tenham retornado do Iraque e da Síria ao Reino Unido no período, segundo o "Guardian".

"O aumento do nível de ameaça está relacionado aos acontecimentos na Síria e no Iraque, onde os grupos terroristas estão planejando ataques contra o Ocidente. Alguns desses planos devem envolver os combatentes estrangeiros que viajaram até lá a partir do Reino Unido e da Europa para participar dos conflitos", disse Cameron.

O governo holandês também anunciou medidas para tentar conter a radicalização de muçulmanos no país. Na quinta-feira (28), foram presos dois homens suspeitos de recrutar jovens para lutar na Síria e no Iraque, segundo a polícia.

As propostas incluem aumentar o poder do governo para revogar a cidadania holandesa de pessoas que façam parte de organizações terroristas internacionais e medidas contra provedores de internet que hospedem propaganda jihadista.

Já a Casa Branca afirmou que os Estados Unidos não pretendem alterar o nível de alerta de ameaça terrorista, que já era "grave", também segundo nível na escala norte-americana.

A preocupação no Reino Unido cresceu com o assassinato do jornalista James Foley pelo Estado Islâmico há quase duas semanas, já que o homem que decapitou o americano foi identificado como cidadão britânico.


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