Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Análise

Três desafios complexos põem política externa do presidente Obama à prova

DAVID E. SANGER DO NEW YORK TIMES

Com a declaração de que a defesa reforçada dos EUA aos países mais vulneráveis da Otan vai continuar "pelo tempo que for preciso" para deter a Rússia, Obama comprometeu seu país com três projeções importantes: uma "virada" em direção à Ásia, uma presença mais robusta na Europa e uma nova luta contra extremistas islâmicos.

Autoridades dos EUA dizem que esses compromissos vão atrapalhar os planos de Obama de reduzir o orçamento do Pentágono antes do fim de seu mandato, em 2017.

Eles também contrariam uma doutrina crucial do primeiro mandato: que o uso de tecnologia e uma "pegada leve" de força militar são capazes de deter potências ambiciosas e combater terroristas.

Os compromissos podem reverter um princípio de suas campanhas: o que era gasto em Iraque e Afeganistão seria investido em casa.

O presidente enfrenta o desafio de convencer aliados de que não pretende deixar vácuos de poder para serem preenchidos por adversários e de assegurar aos americanos que enfrentará conflitos sem lançar os EUA em grandes engajamentos militares.

Para combater o Estado Islâmico (EI), Obama terá de fazer frente a um tipo diferente de grupo terrorista, que usa brutalidade para tomar áreas que ficaram sem controle na esteira da primavera árabe.

A campanha aérea dos EUA contra o EI não chega perto dos custos da invasão do Iraque, mas as despesas somam custos previstos de US$ 225 milhões por mês.

Na Rússia, Obama se vê diante de uma potência em declínio. As posições divergentes discutidas no governo americano são sobre onde traçar o limite, e Obama o definiu como as fronteiras da Otan. Resta saber se Putin acredita nele.

Na China, Obama enfrenta uma potência ascendente. Aqui, o que surpreendeu foi a agressividade com que o presidente Xi Jinping vem lançando reivindicações territoriais contra Japão, Coreia do Sul, Vietnã e Filipinas, em vez de se concentrar na economia doméstica."Isto nos pegou de surpresa, e há muita discussão sobre como reagir", disse Obama.

A frase pode aplicar-se a cada um dos desafios. E revela a dificuldade do governo em explicar como eles vão afetar seu futuro.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página