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Ocidente teme ataque biológico de facção

Serviços de inteligência de Israel e países ocidentais têm indícios de que Estado Islâmico prepara um atentado

Informação sobre uso de armas biológicas foi encontrada em laptop apreendido numa base abandonada da facção

MÁRIO CHIMANOVITCH COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os serviços de inteligência ocidentais e de Israel estão empenhados numa busca intensa para descobrir se procedem as informações dando conta que o Exército Islâmico estaria preparando um ataque espetacular com arma biológica.

Os ultrarradicais islâmicos teriam capturado um arsenal de armas bioquímicas que não chegou a ser destruído pelas autoridades sírias.

A ameaça procede a partir de um laptop encontrado em janeiro último numa base do Exército Islâmico, na região de Idlib, ao norte da Síria e próximo à fronteira com a Turquia.

Segundo autoridades do setor de inteligência de Israel, o computador estava em poder do comandante de uma organização rebelde síria e continha plano de ação para a montagem de armas biológicas destinadas a "um ataque que chocaria o mundo".

O laptop teria sido perdido quando as forças do EI deixaram apressadamente o local, e foi entregue a um comandante conhecido como Abu Ali, líder de uma milícia que combate o governo de Bashar al-Assad.

As informações estavam armazenadas num arquivo oculto que inclui ainda informações sobre membros do EI, vídeos, instruções para jihadistas espalhados pelo mundo e as instruções, em três línguas, para a montagem de armas biológicas.

A CIA e o Mossad (serviço secreto de Israel) já levantaram que o computador pertencia a um operador do EI, de nome Mohammed S., que ingressou em território sírio vindo da Tunísia. Ele estudou química avançada e física em seu país de origem.

Além da possibilidade das armas serem confeccionadas com gás venenoso, as instruções contidas no laptop sugerem o emprego de doenças que costumam infectar animais.

Essas armas, cujo custo de desenvolvimento é barato, podem abater multidões.

Fontes israelenses e europeias confirmaram, por outro lado, que o EI mantém sob seu controle a Universidade de Mossul, no Iraque, e inúmeros laboratórios na Síria.

ADVERTÊNCIA SAUDITA

Esse quadro alarmante coincide com as advertências que acabam de ser feitas pelo rei Abdullah, da Arábia Saudita, no sentido de que o Exército Islâmico se constitui numa das mais sérias ameaças terroristas da atualidade.

O monarca conclama para que uma ação rápida seja empreendida para neutralizá-lo antes que uma nova onda terrorista ecloda e se intensifique na Europa.

O rei saudita afirma que o Ocidente será o próximo alvo do EI, a menos que aja rapidamente:

"Se ignorarmos o perigo que representam, eu estou convencido de que estarão na Europa em um mês e nos Estados Unidos no mês seguinte", disse o rei numa fala reproduzida pela Agência de Imprensa Saudita (SPA), no último sábado (30).

Ele enfatizou que "o terrorismo não conhece fronteiras, e o perigo que representa poderá afetar inúmeros países além do Oriente Médio. Eles já mataram milhares de pessoas e convertem à força membros de outras religiões. A ausência de uma ação efetiva seria inaceitável diante desse fenômeno", concluiu Abdullah.


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