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Arcebispo preso tinha vídeos de pedofilia
Ex-núncio é acusado de abusar de menores
O monsenhor Josef Wesolowski, que foi submetido à prisão domiciliar na terça (23) sob acusação de pedofilia, escondia em um computador centenas de milhares de arquivos com fotos e filmes pornográficos, segundo o jornal italiano "Corriere della Sera".
Os arquivos, encontrados em um computador da Nunciatura (Embaixada da Santa Sé) de Santo Domingo, na República Dominicana, incluem imagens retiradas da internet e de supostas vítimas do polonês de 66 anos, acusado de pagar para fazer sexo com menores de idade durante seu período como núncio apostólico no país caribenho, entre 2008 e 2013.
A prisão domiciliar de Wesolowski, a primeira feita na cidade-Estado sob a acusação de pedofilia, foi pedida pelo papa Francisco, que exprimiu o desejo de que o caso "tão grave e delicado" fosse tratado sem demora.
Wesolowski havia sido destituído de seu cargo no fim de agosto de 2013 e, em junho, foi expulso definitivamente do sacerdócio, após decisão de um tribunal de Vaticano. A detenção de Wesolowski refletiu a vontade do papa Francisco de tratar o episódio "com o rigor justo e necessário".