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Ativistas desafiam a polícia em Hong Kong

Tropas usaram bombas de gás contra manifestantes pró-democracia

Pequim causou revolta ao anunciar interferência na eleição do executivo local, marcada para 2017

MARCELO NINIO DE PEQUIM

O centro de Hong Kong virou um campo de batalha neste domingo (28) quando policiais usaram cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo contra milhares de manifestantes pró-democracia. Pelo menos 27 pessoas ficaram feridas e 78 foram presas, no que está sendo visto como o maior desafio ao atual governo chinês.

Os distúrbios marcam a primeira escalada de violência da tensão entre o governo e os ativistas que se arrasta há mais de um ano, em torno das regras para a eleição do chefe do executivo de Hong Kong. O impasse se aprofundou há cerca de um mês, quando Pequim gerou revolta entre os ativistas ao anunciar restrições à eleição, marcada para 2017.

Em resposta, o movimento pró-democracia "Occupy Central" prometeu dar início a uma "era de desobediência civil", incluindo boicotes estudantis e ocupações de ruas. Com o apoio das associações de estudantes, a ideia cresceu e dezenas de milhares foram protestar neste domingo, paralisando uma avenida central onde ficam as sedes do governo e do Legislativo de Hong Kong.

A área estava ocupada desde sexta-feira (26) e, neste domingo, a polícia chegou disposta a acabar com o protesto. Tropas de choque dispararam gás lacrimogêneo e spray de pimenta, provocando caos perto do principal centro financeiro da Ásia. Segundo organizadores, havia 80 mil pessoas no protesto.

Os manifestantes resistiram e, no início da madrugada (início da tarde no horário de Brasília), a avenida seguiu paralisada. Cercados por policiais, a maioria dos remanescentes era de jovens, que gritavam slogans prometendo manter a ocupação e "lutar até o fim".

Benny Tai, líder do "Occupy Central", disse à imprensa que estava orgulhoso da luta em defesa do sufrágio universal, mas que a situação estava saindo do controle.

O governo chinês manifestou apoio à ação policial e classificou a manifestação como uma "reunião ilegal". De acordo com a agência de notícias Xinhua, porta-voz oficial, "o governo se opõe firmemente a atividades ilegais que possam causar danos à aplicação da lei e colocar em risco a tranquilidade social".


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