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Europa terá mais casos de ebola, diz OMS

Alerta é feito enquanto Espanha tenta descobrir como auxiliar de enfermagem foi infectada com o vírus em Madri

Profissionais de saúde dizem que vestimentas de hospital não tinham proteção máxima; UE pede esclarecimento

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou na terça-feira (7) ser quase certo que a Europa terá mais casos de ebola depois que a auxiliar de enfermagem espanhola Teresa Ramiro, 40, tornou-se a primeira pessoa a ser infectada fora da África.

"Tais incidentes serão praticamente inevitáveis por causa das viagens europeias para os países afetados e vice-versa", disse a diretora europeia da organização, Zsuzsanna Jakab.

No entanto, Jakab afirmou que "o mais importante é que a Europa ainda apresenta baixo risco para a doença, com a região ocidental do continente sendo a mais bem preparada para responder a febres hemorrágicas virais, incluindo a do ebola".

Em meio aos temores de disseminação da doença, Rafael Perez-Santamaria, chefe do Hospital Carlos 3º, onde a auxiliar tratou dois missionários espanhóis que contraíram o vírus na África, disse que a equipe médica "está revisando os protocolos".

Profissionais de saúde disseram ao jornal "El País" que, apesar de o hospital de Madri ter procedimentos rígidos para lidar com o vírus, as roupas usadas tinham proteção de nível dois contra ameaças biológicas. No nível quatro, as vestimentas seriam totalmente à prova d'água e teriam um aparelho de respiração independente.

Em frente ao Hospital La Paz, médicos e enfermeiras protestaram reivindicando mais informações sobre o caso. "Como os métodos de transmissão e prevenção são bem conhecidos, está claro que algum erro foi cometido", disse a Associação Médica de Madri em comunicado.

A Comissão Europeia pediu que a Espanha apresente nesta quarta-feira (8) ao Comitê de Segurança Sanitária explicações sobre as falhas do sistema de saúde que permitiram o contágio da auxiliar de enfermagem, disse o porta-voz Frederic Vincent. "Quando for identificada, a falha servirá de exemplo aos outros países", explicou.

Para diminuir o risco de contágio, autoridades em Madri consideram até matar o cachorro da mulher doente.

A medida foi cogitada no mesmo dia em que três pessoas foram internadas por precaução.

O marido da auxiliar de enfermagem, identificado como Javier L. R., é o caso mais preocupante.

Também está em observação um engenheiro espanhol que trabalhava na Nigéria. Seu primeiro exame deu negativo e, nesta quarta-feira (8), outro deve ser feito para descartar a infecção.

Uma enfermeira foi colocada em quarentena, mas dois testes mostraram que não está contaminada.

Além disso, são mantidas em vigilância 22 pessoas com quem a paciente teve contato no Hospital de Alcorcón, onde está internada desde domingo (5), e 30 profissionais do Carlos 3º, onde os missionários morreram.


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