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Ataque suicida com carro-bomba mata 50 aliados de Assad

Ação em Hama, uma das mais sangrentas enfrentadas por forças do ditador, foi atribuída a milícia de salafistas

Capital viveu seu dia mais violento desde julho, com ataques em campo palestino e em distrito alauita

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um ataque suicida com um carro-bomba causou a morte de ao menos 50 militares e outros agentes pró-governo sírios, ontem, na província de Hama. O atentado é uma das mais sangrentas ações que as tropas do ditador Bashar Assad já sofreram nos 20 meses do conflito civil.

De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, a ação foi executada pela brigada Jabhat al Nusra, um grupo de salafistas (islâmicos ultraortodoxos) inspirado na Al Qaeda que já reivindicou a responsabilidade de ataques semelhantes em Damasco e em outras localidades.

A Jabhat al Nusra costuma operar de forma independente em relação a outras facções antirregime e já foi criticada por algumas delas.

Segundo o observatório, um dos membros da brigada dirigiu e explodiu o carro em uma instalação rural localizada em Sahl al Ghab, uma das principais bases de milícias pró-Assad na região.

A agência estatal Sana também divulgou ontem a explosão de uma bomba em um distrito da capital, Damasco, que teria matado ao menos 11 e ferido dezenas -segundo o Observatório Sírio, baseado em Londres, teriam sido 30.

A localidade, Mazzeh al Jabal, é conhecida por ser residência de famílias alauitas, minoria da qual Assad faz parte. Há mulheres e crianças entre as vítimas do atentado, cuja autoria foi assumida pelos rebeldes islamitas da frente Seif al-Sham.

Em outro evento violento na capital, mais de 30 mortes foram registradas dentro de um campo de refugiados palestinos em Yarmouk, onde houve uma batalha entre rebeldes e governistas. Os enfrentamentos fizeram com que Damasco vivesse seu dia mais violento desde julho.

Ainda de acordo com o observatório, ao menos 20 rebeldes morreram em um ataque aéreo na província de Idlib, no noroeste.

Entre eles é provável que esteja Basil Eissa, chefe da Brigada dos Mártires, um dos principais grupos anti-Assad. Eles controlam a região desde o recuo do Exército sírio em terra, mas permanecem vulneráveis a ataques aéreos.

A Rede Síria para os Direitos Humanos, que também monitora o conflito, reportou 179 mortes provocadas por tropas do governo apenas anteontem, a maioria de civis, em Damasco, Aleppo e Idlib.


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