Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Europeus promovem hoje greve conjunta

Protestos contra o desemprego e políticas de austeridade ocorrerão em Portugal, Espanha, Grécia, Itália e França

Jornada de trabalho será totalmente paralisada na maioria dos países; na Itália, serão 4 horas de greve

RODRIGO RUSSO DE LONDRES

Sindicatos de diversos países da Europa promoverão hoje uma inédita greve geral, convocada de forma coordenada como um protesto contra o crescente desemprego e as políticas de austeridade implementadas na região para lidar com a crise.

Na semana passada, trabalhadores da Grécia promoveram uma greve de dois dias. No segundo deles, quando o Parlamento discutia a aprovação do pacote adicional de cortes de gastos e aumentos de impostos para os próximos dois anos, no valor de € 13,5 bilhões, mais de 100 mil pessoas foram às ruas de Atenas.

Portugal, Espanha, Grécia, Itália e França são algumas das nações em que as manifestações acontecerão hoje.

Em Portugal, na Espanha e na Grécia, países que já precisaram recorrer ao socorro das autoridades europeias, a greve deve paralisar os trabalhadores durante toda a jornada.

Na Itália, haverá quatro horas de greve e manifestações em diversas de suas regiões.

A França, embora não tenha aderido oficialmente à greve geral, promoverá manifestações, que ocorrerão também na Bélgica e na Alemanha, maior economia do continente e principal defensora da austeridade como forma de reajustar as economias da região em crise.

ANSIEDADE SOCIAL

A Confederação Europeia de Sindicatos de Comércio afirma em seu site que "o objetivo deste dia europeu de ação e solidariedade é pedir que os líderes do continente mostrem determinação para lidar com a deterioração do emprego e para responder à crescente ansiedade social dos cidadãos europeus".

O comunicado ainda pede o fim das políticas de austeridade e a preservação da proteção social e dos níveis salariais, em período com desemprego recorde na zona do euro. A confederação abriga 85 sindicatos de 36 países, somando quase 60 milhões de associados.

A Grécia, mesmo sem contar ainda com a liberação da segunda parcela do empréstimo da "troica" (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional), conseguiu ontem arrecadar pouco mais de € 4 bilhões em um leilão de títulos com vencimento a curto prazo.

Isso garante que o país evite a moratória de sua dívida no curto prazo, já que uma parcela de € 5 bilhões vencerá nesta sexta-feira e o governo não tinha recursos para pagá-la, contando com o recebimento da parcela atrasada.

Os ministros de finanças da zona do euro aguardam um relatório final da "troica" para enfim deliberar sobre a autorização do envio dos recursos à Grécia, no valor de € 31,5 bilhões.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página