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Ações terroristas se multiplicam, mas ficam abaixo do pico de 2007

Em dez anos, Iraque foi o mais afetado; Síria registra alta em 2011

PETER APPS DA REUTERS, EM NOVA YORK

O número anual de ataques terroristas mais que quadruplicou nos dez anos desde o 11 de setembro de 2001, segundo o estudo Índice Mundial do Terrorismo.

No entanto, o número anual de mortes nesses ataques chegou ao seu pico em 2007, o auge do conflito no Iraque, e vem caindo desde então.

A pesquisa indica que o número de vítimas fatais do terrorismo em 2011 foi de 7.473, 25% abaixo do total de 2007. O cômputo inclui os terroristas mortos em atentados suicidas e outros ataques.

Iraque, Paquistão, Afeganistão, Índia e Iêmen, nessa ordem, foram os países mais afetados pelo terrorismo, de acordo com o estudo, que usa uma escala ponderada levando em conta o número de ataques, de mortos e feridos e o nível de dano a propriedades.

O índice, divulgado na última terça pelo Institute for Economics and Peace -organização de pesquisa com sedes na Austrália e nos EUA-classifica os países com base no Global Terrorism Database, banco de dados operado por um consórcio baseado na Universidade de Maryland e frequentemente usado como referência por pesquisadores.

As intervenções militares realizadas pelos EUA como parte da "guerra ao terrorismo" contra a Al Qaeda, sugerem os pesquisadores, podem simplesmente ter agravado as coisas -e é impossível provar se elas tornaram o território americano mais seguro.

Depois do 11 de setembro, a atividade terrorista recuou aos níveis anteriores a 2000 até depois da invasão do Iraque, afirmou Steve Killelea, presidente do instituto.

"O Iraque responde por um terço de todas as mortes causadas pelo terrorismo nos dez últimos anos. Iraque, Paquistão e Afeganistão somados respondem por mais de 50% das vítimas fatais", disse.

Segundo o estudo, a disparada no total de ataques ocorridos no Afeganistão e Paquistão só ocorreu após a guerra no Iraque. Ela cresceu acompanhando campanhas militares promovidas pelos EUA e conduzidas pela Otan (aliança militar ocidental) no Afeganistão e pelo governo paquistanês em seu país.

SÍRIA E IÊMEN

As conclusões do relatório sugerem que potências estrangeiras devem pensar duas vezes antes de realizar uma intervenção militar, disse Killelea -mesmo em países como a Síria. Para ele, a menos que o conflito seja encerrado rapidamente como resultado da intervenção, os ataques terroristas podem crescer.

A maior deterioração em 2011 aconteceu na Síria e Iêmen, aponta o relatório. O Iêmen registrou alta dramática em atividades relacionadas à Al Qaeda, e os rebeldes que combatem o ditador sírio, Bashar Assad, recorrem cada vez mais a ataques suicidas.


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