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Chávez é operado pela 4ª vez em Cuba

Governo informou, na TV, que médicos realizaram cirurgia para retirar novas células malignas da região pélvica

Apesar dos "riscos inegáveis" da cirurgia, vice-presidente disse na TV que a operação foi bem-sucedida

Carlos Garcia Rawlins - 11.dez.2012 /Reuters
Apoiadora de Chávez segura boneco do presidente em missa por sua saúde em Caracas
Apoiadora de Chávez segura boneco do presidente em missa por sua saúde em Caracas
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS DE SÃO PAULO

O governo da Venezuela anunciou, em cadeia nacional de rádio e TV, que Hugo Chávez se submeteu de forma bem-sucedida ontem, em Cuba, a uma cirurgia oncológica que o próprio presidente descreveu como de "riscos inegáveis".

O vice-presidente, Nicolás Maduro, disse às 21h locais (0h em Brasília) que a cirurgia, que durou seis horas, correu bem e pediu orações pela recuperação de Chávez. "A humanidade do comandante demonstrou de novo sua fortaleza", disse.

Antes, o ministro das Comunicações, Ernesto Villegas, havia dito que a equipe médica estava "otimista". com a cirurgia

O presidente esquerdista, que se reelegeu em outubro se dizendo curado, revelou ter câncer em junho de 2011.

No sábado, chocou o país ao informar que teria de se operar para retirada de novas células malignas na zona pélvica, local do primeiro tumor. É a quarta intervenção que realiza em 18 meses.

Chávez jamais informou que tipo de câncer e qual seu alcance. Sabe-se apenas que é na região pélvica.

Em seu anúncio, Chávez disse estar sentindo "dores de alguma importância" e que tomava calmantes. Foi também a primeira vez que ele admitiu que a gravidade do caso poderia afastá-lo do poder.

Se ele deixar a Presidência nos próximos quatro anos, a Constituição obrigaria a convocatória de novas eleições em 30 dias. Referindo-se à possibilidade, o presidente nomeou à sua sucessão o vice Nicolás Maduro.

A inédita nomeação de um sucessor leva a analistas a levantar algumas hipóteses, entre elas a de que Chávez faz sua escolha para abafar ou evitar disputas no governo se o câncer lhe obrigar a se retirar da arena pública.

Seria também o desejo do presidente de, desde já e enquanto tenha condições, ser o cabo eleitoral de Maduro, já que a popularidade de que desfruta não tem sido extensível aos seus ministros.

"A população não responsabiliza Chávez, mas seu gabinete pelos problemas de gestão", diz Hector Briceño, professor da UCV (Universidade Central da Venezuela).

ORAÇÃO E ELEIÇÃO

Antes do anúncio do governo, o presidente do Equador, Rafael Correa, que visitou Chávez em Havana anteontem, havia dito que o colega enfrentava "uma das provas mais duras de sua vida". "Chávez está sendo operado nesses instantes, uma operação muito delicada", disse, após receber o colombiano Juan Manuel Santos.

Na Venezuela, ministros e auxiliares transformaram aparições públicas e no Twitter num chamado a orações. "Começou a chover! Deus! Chovem mil bênçãos nessa hora tão importante para Chávez", escreveu Teresa Maniglia no Twitter, a chefe de imprensa da Presidência.

Na Bolívia, o ator Sean Penn fez vigília por Chávez vestindo um abrigo com cores da bandeira venezuelana.

A nova operação mergulhou a Venezuela num clima de expectativa que eclipsou a reta final da campanha eleitoral -governadores serão escolhidos no domingo.


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