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Em meio a crise, mascarados atacam opositores no Egito

País segue tenso às vésperas de votar Constituição; Exército pede diálogo

Governo anuncia atraso no aguardado pacote de auxílio do FMI (Fundo Monetário Internacional)

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Homens mascarados atacaram manifestantes da oposição acampados na praça Tahrir, no Cairo, na manhã de ontem. Nove ficaram feridos, de acordo com as autoridades.

O ataque, cujos autores não foram identificados, ocorreu horas antes dos protestos convocados por aliados e opositores do regime do presidente islamita Mohamed Mursi.

No mesmo dia, o ministro das Finanças afirmou que o pacote de US$ 4,8 bilhões (por volta de R$ 10 bi) do Fundo Monetário Internacional, aguardado com ansiedade, será atrasado para janeiro.

Mumtaz al Said, o ministro, diz que a postergação se deve à necessidade de explicar à população egípcia as medidas de austeridade por vir.

A suspeita é de manobra para não atrapalhar a aprovação da polêmica Constituição.

Diante do aumento da tensão, o Exército pediu que a crise seja encerrada por meio do diálogo pela unidade nacional. Foi proposta uma reunião para hoje à tarde.

O presidente Mursi apoiou o encontro, e a Irmandade Muçulmana -partido ao qual é ligado- confirmou presença. A oposição deveria tomar sua decisão hoje de manhã.

O regime Mursi tem sido alvo de manifestações nas últimas semanas, após ter aprovado, em 22 de novembro, um decreto que lhe deu "superpoderes", isentando-o da contestação do Judiciário.

O presidente recuou do decreto, mas prossegue com o também polêmico plano de submeter o rascunho de uma nova Constituição a referendo neste sábado.

A nova Constituição foi aprovada às pressas por uma Assembleia dominada por islamitas e é criticada por, entre outros motivos, não abordar o direito das mulheres.

ATAQUES

Em meio à violência, a Irmandade afirma que seus escritórios sofreram ao menos 12 ataques recentes.

Por outro lado, centenas de manifestantes islamitas acampavam ontem diante de um complexo de mídia que abriga veículos críticos ao governo Mursi.

Havia ameaça de invasão das construções por parte dos manifestantes.


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